terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Kaká é o melhor do mundo

Leandro Silva

Deu a lógica, ontem, e o favorito Kaká conseguiu unificar os prêmios de melhor do mundo para a Fifa, France Football e FIFPRO, além de melhor jogador do Mundial de Clubes, que terminou com o título do Milan no domingo.

A cerimônia de entrega do prêmio da Fifa aconteceu em Zurique, na Suíça, e o brasileiro superou o argentino Messi, do Barcelona, que ficou em segundo, e o português Cristiano Ronaldo, do Manchester United, terceiro colocado.

“Esta noite é especial para mim. Eu sonhava em me tornar um profissional no São Paulo e jogar na Seleção. Mas, graças a Deus, estou conquistando mais do que poderia imaginar. Muito obrigado”, disse Kaká no discurso.

Cada treinador e capitão das seleções escolheram três jogadores. O primeiro recebe 5 pontos, o segundo, 3, e o terceiro, 1. Kaká teve 1.047 pontos, mais que o dobro da pontuação de Messi, 504, e de Cristiano Ronaldo, 426.

O meia foi um dos cinco brasileiros premiados. Os outros foram Marta, melhor jogadora de futebol do mundo, Cristiane, terceira melhor do ano, e Buru, melhor jogador do Mundial de Futebol de Areia deste ano. Além do Rei Pelé, que recebeu de Bobby Chalton, um prêmio presidencial da Fifa por toda a contribuição ao futebol.

Marta conseguiu superar a alemã Prinz, campeã do mundo com a Alemanha neste ano, vencendo as brasileiras na final. Marta esteve presente nas quatro últimas edições da cerimônia. Foi a melhor no ano passado, vice em 2005 e terceira em 2004.

O alemão Toni Kroos, do Bayern de Munique, recebeu o prêmio de melhor jogador do Mundial Sub-17 realizado este ano, e o argentino Sérgio Agüero foi premiado como melhor jogador do Mundial Sub-20.

O Barcelona ganhou o prêmio de fair play (jogo limpo) do ano por ter estampado a marca do Unicef em sua camisa neste ano.

Carreira – Kaká surgiu para o futebol profissional no Torneio Rio-São Paulo de 2001, mais especificamente no dia 7 de março daquele ano, quando, com a camisa 30, saiu do banco de reservas para empatar e virar a final do São Paulo contra o Botafogo com dois gols.

Ele ainda era Cacá, com C em vez de K, e reserva de Harisson no time sub-20 do clube que disputou a Copa São Paulo daquele ano. Esta foi a sua sorte.

O técnico Vadão, hoje no Vitória, precisava de alguém da base para completar o elenco no Rio-São Paulo. Como os “melhores” estavam disputando a Copa São Paulo, o treinador deu chance a Kaká, que chamou a atenção.

A partir dali, Kaká foi ganhando espaço no Morumbi e, no ano seguinte, já ganhava a Bola de Ouro, prêmio dado pela revista Placar para o melhor jogador do Campeonato Brasileiro. E também foi convocado para a Copa do Mundo, conquistada pelo Brasil.

Em 2003, passou a ser vaiado pela torcida do São Paulo que o chamava de pipoqueiro.
Mas, no mesmo ano, ele foi para o Milan. A idéia inicial do clube italiano era emprestar o brasileiro a um clube menor para dar experiência, mas o camisa 22 se destacou e ficou na equipe principal, cavando uma vaga de titular.

Prêmios – Aí a carreira deslanchou de vez, foi escolhido como melhor jogador do Campeonato Italiano em 2004 e 2006 e melhor meia da Liga dos Campeões de 2005. Em 2007, foi artilheiro, melhor jogador e campeão da Liga dos Campeões. Venceu a Bola de Ouro, de melhor jogador do mundo, da France Football, melhor do mundo da Fifa e foi campeão e melhor do Mundial de Clubes.

Texto publicado originalmente no A Tarde do dia 18/12/2007

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Dia de coroação no reino do futebol

Leandro Silva

Hoje é dia de coroar o novo rei do futebol mundial da atualidade e o brasileiro Kaká é o principal favorito para chegar ao trono e colocar a ‘dinastia do R’ de volta ao poder no Planeta Bola.

Não entendeu? É que todos os brasileiros que já chegaram a esse status tinham a letra ‘R’ como inicial do nome: Romário, Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho. Além de Roberto Carlos que foi vice.

E Kaká começa com R? Não. Mas Ricardo, seu nome de batismo, começa com a letra que parece mágica para os brasileiros.

A FIFA entrega hoje, em cerimônia realizada em Zurique, na Suíça, o prêmio de melhor jogador do ano de 2007.

Vale lembrar que o vencedor já está definido. A votação para eleger o melhor do mundo acontece em turno único, a FIFA divulga os três melhores e mantém o mistério. Portanto, não há uma eleição apenas entre os três melhores.

Além do camisa 22 do Milan, outros dois se candidatam ao trono ocupado pelo zagueiro italiano Fabio Cannavaro. O argentino Lionel Messi, que vai desfalcar o Barcelona por pelo menos cinco semanas por causa de um problema muscular (nem vai à cerimônia de hoje) e o português Cristiano Ronaldo, do Manchester United. Os três são meias-atacantes. Outra coincidência é que eles são estreantes nessa premiação.

Favoritismo– Kaká já ganhou nesse ano os prêmios da FIFPRO, Federação Internacional dos jogadores profissionais, e também a Bola de Ouro da revista France Football. Só falta o prêmio oficial da FIFA para fechar a tríplice coroa.

O favoritismo de Kaká se deve ao fato de ter sido o melhor jogador, e artilheiro, da principal competição do ano, a Liga dos Campeões, que também foi conquistada pelo Milan.

Geralmente, o premiado é destaque da seleção campeã do mundo ou, nos anos sem Copa, do time campeão da Liga dos Campeões.

Essa é a 17ª edição do prêmio e o Brasil já teve o melhor jogador do mundo por 7 vezes. Apenas em quatro anos o País não teve nenhum jogador entre os três finalistas. Foi em 1991,1992, 1995, 2001.

Mulheres – Se o Brasil tem Kaká como favorito para ser o Rei, tem ainda duas opções de Rainha do Futebol Feminino em 2007: Marta e Cristiane.

Apenas uma estrangeira ameaça o reinado. É a alemã Birgit Prinz que ficou com o título da Copa do Mundo desse ano.

Apesar de jogar mal e perder um pênalti na final da Copa contra a Alemanha, Marta teve um grande ano, com as brilhantes atuações no Pan e na Copa, principalmente na semifinal contra os Estados Unidos, e tem boas chances de receber o prêmio de melhor jogadora do ano. Prêmio que já levou em 2006.

Outros prêmios – O brasileiro Buru já tem o seu prêmio garantido. Ele foi o melhor jogador do Mundial de Futebol de Areia e receberá o prêmio na cerimônia.

O alemão Kroos e o argentino Agüero também receberão os prêmios de melhor jogador dos Mundiais Sub-17 e Sub-20, respectivamente.

Texto publicado originalmente no Jornal A Tarde do dia 17/12/2007

Conheça os adversários de Kaká na luta pelo prêmio de Melhor do Mundo

Leandro Silva

Os dois outros finalistas do prêmio de Melhor do Mundo são jovens, mas já não são promessas. São realidades desse esporte que está cada vez mais precoce.

O português Cristiano Ronaldo chegou ao Manchester United em 2003. Ainda era um desconhecido de 18 anos e se tratava de uma aposta ousada do clube inglês e do técnico Alex Ferguson.

O menino português recebeu, logo de cara, a camisa 7, justo a que tinha acabado de ficar vaga após a saída do grande ídolo recente do clube, o meia David Beckham.
Mas a responsabilidade não assustou o meia-atacante que já chamava atenção por causa do nome pomposo que lembrava o sucesso dos brasileiros Ronaldo e Ronaldinho.

Mas o Ronaldo de Cristiano foi uma homenagem do pai do craque ao ex-presidente norte americano Ronald Reagan.

Antes do Manchester, Cristiano já se destacava nas seleções de base do seu país, e aumentava a auto-estima dos moradores da Ilha da Madeira. Ele também já chamou a atenção na primeira, e única temporada no time profissional do Sporting Lisboa.

Na temporada 2006/2007, o português foi, disparado, o principal nome do Campeonato Inglês e também era o melhor jogador da Liga dos Campeões até o confronto direto com Kaká na semifinal.

Hermano – Lionel Messi é o caçula da turma, tem 20 anos, e está no Barcelona desde os 13 anos, quando saiu da Argentina para a Espanha atrás de um tratamento hormonal para poder crescer normalmente.

O Barcelona pagou o tratamento e ficou com uma jóia rara em troca, o promissor argentino. Ele chegou ao time principal na temporada 2003/2004.

De todos os “Novos Maradonas” rotulados pela imprensa argentina e mundial, Messi talvez seja o que mais se aproxima da genialidade e das características de Dom Diego.
Na temporada 2006/2007, Messi imitou duas obras que o mestre eternizou contra a Inglaterra na Copa de 86.

Fez um gol driblando vários adversários contra o Getafe e outro de mão no clássico local contra o Espanyol.

Teve contra si o fato de o Barcelona não ter ganho nada no ano. Na atual temporada, está saindo da condição de coadjuvante de luxo para ser a principal estrela da constelação do Barcelona. (L.S.)

Texto publicado originalmente no A Tarde do dia 17/12/2007

Novo Alberoni ou Sorato segundo?

Leandro Silva

O torcedor do Bahia que já viu os gols do novo contratado do clube Anderson Costa no youtube e sabe que ele já defendeu o Brasil em um Mundial Sub-17 deve estar empolgado com a chegada do novo matador do clube.

O que pode deixá-lo com uma pulga atrás da orelha são as semelhanças com uma das contratações mais malfadadas da história recente do clube: Alberoni.

O meia foi revelado junto com Anderson, no Vasco, e os dois disputaram o Mundial Sub-17 de 2001, ao lado do meia Diego, do Werder Bremen e da Seleção, e do goleiro Felipe, do Corinthians, ex-Vitória.

Alberoni se transferiu para a Internazionale de Milão antes de se tornar profissional no Vasco. Nesse ponto, a história de Anderson se diferencia. Ele só foi para a Europa depois de chamar a atenção com seus gols no profissional.

Anderson marcou até contra o Vitória, no Brasileiro de 2004, mas o rubro-negro goleou o Vasco por 4 a 1, no Barradão.

Naquele mesmo ano, Alberoni foi contratado pelo Bahia cercado de muita expectativa por causa da sua passagem pela seleção e por estar na Internazionale.

Mas não convenceu a torcida nem ao técnico Vadão e não conseguiu se firmar em nenhum dos clubes que atuou depois, incluindo Vasco, Paraná e Botafogo.

Referência melhor – Espera-se que o desfecho da história de Anderson tenha um enredo completamente diferente do seu ex-companheiro.

Se ele mostrar no Bahia o mesmo faro de gol da última prata da casa do Vasco que comandou o ataque tricolor, o veterano Sorato, o clube estará bem servido.
Revelado pelo Vasco na década de 80, Sorato foi artilheiro da Série C de 2006 pelo Bahia.

Mas ele foi a exceção que confirma a regra. Pelo menos nos últimos dez anos, o Bahia já contou com três atacantes revelados pelo Vasco da Gama e os outros dois não deixaram saudade.

Foram Luís Cláudio, em 99, que era considerado o novo Jardel, e teve passagem apagadíssima na Série B daquele ano. Não fosse o seu famoso gol anulado, injustamente, contra o Vila Nova no início do quadrangular final, e muitos torcedores do Bahia nem lembrariam do grandalhão.

No ano seguinte, o Bahia voltou a apostar em uma cria do clube cruzmaltino, o jovem Dedé, que chegou ao clube junto com o lateral Filipe Alvim trocados pelo lateral Clébson. Dedé formou a dupla de ataque com Jajá, mas quem fazia os gols era o meia prata-da-casa Jorge Wagner.

Dados – Anderson marcou um gol no Mundial Sub-17, mas o Brasil parou nas quartas-de-final diante da França. Antes, ele tinha sido vice-artilheiro do Sul-Americano da categoria, no mesmo ano, com 6 gols. Ele tem 23 anos e se destaca pela altura, 1,88 m. O estilo de jogo lembra o do centroavante Washington, ex-Atlético Paranaense e, atualmente, no Urawa Red Diamonds, do Japão.

Opções – Anderson foi a segunda contratação do Bahia. Antes dele, apenas o goleiro Darci acertou o seu retorno à equipe. No Brasileiro da Série C, o Bahia tinha sete atacantes no elenco: Nonato, Moré, Neto Potiguar, Charles, Harley, Ednei e Amauri. Até o momento, para a próxima temporada, o Bahia tem apenas Neto Potiguar, Anderson e Charles.

Para ver os gols do atacante, procure no www.youtube.com por Anderson Costa. Tem gols no Vasco, na seleção e em clubes do exterior

Texto publicado originalmente no A Tarde do dia 16/12/2007

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

As finais de infantil e juvenil

Leandro Silva

O Vitória ontem ganhou o título Baiano das duas categorias que faltavam na temporada. Nos juniores, perdeu o Baiano para o Bahia, mas conquistou a Super Copa. Os dois Ba-vis decisivos das categorias infantil e juvenil foram disputados na tarde de ontem no Barradão.

No juvenil, houve empate por 2 a 2, mas o Vitória ficou com o título pois empatou a primeira partida, por 0 a 0, e fez a melhor campanha. Já no infantil, o Vitória venceu os dois jogos da final. Na primeira por 1 a 0, em Pituaçu, e ontem por 2 a 1.
Os títulos confirmaram a hegemonia do Vitória nas duas categorias. O rubro-negro venceu 12 dos últimos 14 Campeonatos Baianos Infantis: 1994 a 96, 98 a 2004, 2006 e 2007.

E os leõezinhos juvenis conquistaram 14 dos últimos 16 títulos estaduais, 1992 a 2002, 2004, 2006 e 2007.

A premiação dos campeões não aconteceu ontem, em respeito ao luto pela tragédia do último domingo na Fonte Nova.

Juvenil– Os dois times entraram de luto, a primeira partida do juvenil aconteceu na preliminar do trágico Bahia e Vila Nova.

Ontem, no banco de reservas, como treinadores, estavam dois jogadores que já defenderam as cores dos clubes rivais. João Marcelo, campeão brasileiro de 88, e Rodrigo foram reveladospelo Bahia mas estiveram juntos na Campanha da 2ª colocação no Brasileiro de 93, pelo Vitória.

Ontem, João Marcelo comandava o Bahia e Rodrigo Chagas, o Vitória. Os estilos são diferentes. Rodrigo mais sereno, e o ex-zagueiro mais exaltado. “Deixa ele aqui, pra conversar comigo senão eu enfarto”, João Marcelo pedia ao quarto árbitro para permitir que seu auxiliar ficasse junto a ele na área técnica.

O jogo foi muito disputado e o time do Vitória pareceu mais técnico enquanto o time tricolor pareceu mais guerreiro, bem ao estilo do seu treinador.

O jogo estava morno até que, aos 37 minutos, o volante Ramon do Bahia, cobrou uma falta de longe de maneira perfeita e fez um golaço que levantou os poucos torcedores presentes.

Aos 41 minutos, Waldson fez uma defesa importante depois de uma cabeçada perigosa, mas aos 46 não deu para evitar o empate rubro-negro depois de um chute certeiro do perigoso lateral Ruan.

O Vitória conseguiu a virada aos 9 minutos do segundo tempo, com gol do volante Mutombo, destaque do time rubro-negro. João Marcelo lançou o time totalmente ao ataque colocando atacantes no lugar de defensores.

O Vitória começou a tocar a bola como senha para os gritos de olé da torcida. Mas o Bahia acertou uma cabeçada na trave aos 39. Aos 46 minutos, o gol do empate do Bahia saiu com Luan Carlos. Mas não houve mais tempo para a virada.

Infantil– Na preliminar, o Vitória não teve a mínima dificuldadepara vencer a equipe do Bahia, 2 a 1 ficou barato diante da superioridade rubro-negra. Os gols foram de Nadson e Flávio para o Vitória e Jailson para o Bahia.

O outro Nadson, que atua na Coréia do Sul, é o maior artilheiro das divisões de base do Leão. O Nadson atual segue os mesmos passos, foi o artilheiro da competição com 15 gols. “Me espelho nele sempre, é muito gratificante quando me chamam de ‘Novo Nadson’”, diz o atacante rubro-negro, que tem o camaronês Eto´o, do Barcelona, como ídolo.

Colaborou Eliano Jorge

Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 29/11/2007

sábado, 24 de novembro de 2007

Seleção da Série A x Seleção Olímpica

Leandro Silva

A CBF divulgou, na tarde de ontem, que o primeiro teste da seleção olímpica – formada por jogadores com menos de 23 anos –, acontecerá no dia 9 de dezembro, contra a seleção da Série A, formada pelos vencedores do Prêmio Craque do Brasileirão, que serão conhecidos no dia 3.

O carioca Felipe, goleiro do Corinthians e cria do Vitória, disputa o status de melhor da posição com Rogério Ceni, do São Paulo, e Diego, do Palmeiras.
Já o baiano de Feira de Santana Jorge Wagner, do São Paulo, revelado pelo Bahia, disputa a meia-esquerda com Thiago Neves e Valdivia.

A tarefa dos dois é complicada, pois Rogério Ceni e Valdivia estão disputando o prêmio de melhor jogador com o uruguaio Acosta, do Náutico.

Acosta disputa, também, uma posição no ataque com Leandro Amaral, do Vasco, e Dagoberto, do São Paulo. A outra vaga de atacante ficará com Josiel, do Paraná; Dodô, do Botafogo, ou Aloísio, do São Paulo.

Na meia-direita, Ibson, do Flamengo, disputa com Diego Souza, do Grêmio, e Paulo Baier, do Goiás.

O Flamengo tem jogadores na disputa por mais três posições: a lateral-direita com Leonardo Moura, que tem como rivais Joilson, do Botafogo, e Coelho, do Atlético Mineiro. A outra lateral, em que Juan disputa com Kléber, do Santos, e André Santos, do Figueirense.

E na zaga, Fábio Luciano disputa com Thiago Silva, do Fluminense, e Breno, do São Paulo. Também do São Paulo, Alex Silva e Miranda disputam com Juninho, do Botafogo, a outra vaga.

Palmeiras, São Paulo e Santos disputam as duas posições de volante: uma vaga será de Pierre, Hernandes ou Maldonado. E a outra será de Martinez, Richarlyson ou Rodrigo Souto.

Felipe, Breno e Hernandes disputam o prêmio de revelação.

Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 24/11/2007

Obrigados a ganhar para sonhar

Leandro Silva

Dois times gaúchos, Grêmio e Juventude, têm ambições muito diferentes a duas rodadas do final da Série A do Brasileirão 2007.
No entanto, hoje, todos dois têm a mesma obrigação: vencer fora de casa para manter vivos seus objetivos da temporada. Do outro lado, adversários sem nenhuma preocupação com resultados.

O Grêmio visita o lanterna – e único rebaixado até o momento –, América de Natal. Finalista da edição da Libertadores deste ano, o tricolor gaúcho só terá chances de repetir a façanha no próximo ano se vencer, hoje, o time potiguar.
Uma derrota enterra as pretensões do time e um empate transformaria em uma ´verdadeira missão impossível´.

O técnico Mano Menezes deve deixar o clube no final do campeonato. O lateral Ruben Dario Bustos foi essencial para a recuperação colombiana nas Eliminatórias. Fez dois gols de falta, um contra a Venezuela e outro contra a Argentina, mas não tem lugar garantido no time do Grêmio. O criticado Patrício pode ficar com a vaga na lateral.

Opostos – O alvi-verde gaúcho visita o Fluminense. O tricolor carioca jogará sem responsabilidade alguma, pois já tem vaga na Libertadores do próximo ano por ter conquistado o título da Copa do Brasil deste ano.
O time vai cumprindo tabela e testando os jogadores que poderão ser mantidos no grupo para a próxima temporada.

Enquanto isso, o Juventude é o vice-lanterna e luta desesperadamente por uma ínfima chance de permanecer na Série A, onde está desde 1995. Em 1999, chegou a ser rebaixado, mas foi salvo pela virada de mesa que deu origem à Copa João Havelange do ano 2000.

Para piorar a situação, o técnico Beto Almeida não poderá contar com os suspensos Bruno, Renato e Fábio Baiano, e os machucados Camazzola, Barão e Tadeu. Além disso, Alex Alves é dúvida.

Em vão? – O maior problema é que mesmo que consigam vencer hoje, as duas equipes gaúchas poderão terminar a rodada sem chances de alcançarem seus objetivos. É que, amanhã, o Santos visita o Paraná, o Palmeiras enfrenta o Inter, fora de casa; o Cruzeiro visita o Sport e o Flamengo recebe o Atlético Paranaense.Se três destes times vencerem, acaba o sonho de Libertadores para o Grêmio.

Já o Juventude tem que torcer contra o Paraná, que recebe o Santos, amanhã; o Goiás, que visita o Atlético Mineiro, quarta-feira, e o Corinthians, que recebe o Vasco, no mesmo dia. Se qualquer uma desta equipes vencer, o Juventude garante permanência na Série B do Brasileirão do próximo ano.

Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 24/11/2007

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Penetras Paraguaios


Leandro Silva

Os brasileiros vão ter que se acostumar com a terceira colocação nas eliminatórias sul-americanas. É que depois da rodada que se encerrou na quarta-feira, a competição só prossegue no dia 14 de junho, quase sete meses depois.Antes do início das eliminatórias, o segundo lugar era o mínimo que se admitia da Seleção Brasileira.

Isso por causa da rivalidade e do nivelamento técnico com a Argentina. E foi exatamente essa a colocação depois das duas primeiras rodadas.Porém, nas duas últimas rodadas, o Paraguai virou o penetra na festa de Brasil e Argentina e superou os dois. Vai passar pelo menos seis meses na ponta da tabela.

O Paraguai conta com um time rápido, de muita movimentação e com um bom jogo aéreo. Além de passar por uma metamorfose.

Outrora sustentado por uma sólida defesa, mas com um ataque improdutivo, hoje, o que mais chama atenção no time é o ataque. Nas últimas duas partidas, o time marcou 8 gols. Cinco em casa, contra o Equador, e mais 3 fora, contra o Chile. Tem o melhor ataque com 9 gols e a defesa continua bem.

Levou 1 gol em 4 jogos.O nome mais conhecido continua sendo Roque Santa Cruz, do Blackburn, da Inglaterra, porém, o maior destaque do time é outro atacante: Salvador Cabañas, do América do México.

Aparentemente gordinho, Cabañas foi o artilheiro da Libertadores desse ano e tornou-se peça fundamental na seleção do técnico Gerardo Martino.Contra os paraguaios, está o fato de não ter enfrentado ainda nenhum dos outros três adversários melhor classificados.

Colômbia– Nesse ponto, os colombianos levam vantagem. Na quarta colocação, com os mesmos 8 pontos da Seleção Brasileira, a Colômbia já enfrentou Brasil e Argentina e marcou 4 pontos, todos em casa.Essa é a desvantagem colombiana. Já jogou três vezes diante da sua própria torcida e apenas uma como visitante.

O ataque colombiano passou as duas primeiras rodadas em branco, e só foi marcar nos dois últimos jogos. Dois de falta do lateral gremista Bustos, a especialidade dele, e um de Dayro Moreno, do Once Caldas, ex-Atlético Paranaense. A Colômbia passa por uma transformação contrária à do Paraguai. Antigamente considerada fraca e irresponsável, a defesa levou apenas um gol em 4 jogos.

Brasil– O Brasil está mantendo um padrão. Empata fora de casa e vence dentro. Foi assim, nas quatro rodadas disputadas. Ficou no empate de 0 a 0 contra a Colômbia, na altitude de Bogotá, e fez a festa no Maracanã contra o Equador, com uma goleada de 5 a 0. Depois empatou em 1 a 1 com o Peru, em Lima, e venceu um jogo complicado contra o Uruguai, no Morumbi, por 2 a 1.

Kaká é o artilheiro da Seleção nas eliminatórias, com três gols. Luis Fabiano tem dois, em apenas uma partida como titular. Vagner Love, Elano e Ronaldinho marcaram uma vez na competição.

Argentina –Os argentinos eram líderes até o início da quarta rodada. Mas os adversários, inferiores, não pareciam capazes de atrapalhá-los. Chile, Venezuela e Bolívia serviram apenas de teste para Alfio Basile,que pôde até testar um ataque com Agüero, Tevez e Messi contra a Bolívia.

O revés aconteceu apenas contra a Colômbia, na altitude de Bogotá e com um jogador a menos desde a metade do primeiro tempo quando Tevez foi expulso.Riquelme, com quatro gols, é o artilheiro das eliminatórias.

Venezuela– A seleção do país de Hugo Chavez está confirmando a condição de emergente no futebol e até o momento estaria se classificando para a repescagem por uma vaga na Copa de 2010. Antigo saco de pancadas do continente, a Venezuela é a quinta colocada com 6 pontos. Provenientesde vitórias contra Equador e Bolívia.

Devendo– As seleções de Uruguai e Chile empatadas com 4 pontos em 4 jogos, poderiam ter feito mais. Os dois países contam com bons valores individuais como Mattias Fernandez, Suazo e Salas, pelo Chile, e Forlan, Cristian Rodriguez e Suarez, pelo Uruguai.

O Chile vinha até relativamente bem, tinha perdido apenas para a Argentina fora de casa, o que é mais do que normal, e arrancou um importante empate, também fora de casa contra o Uruguai. O problema foi perder em casa para o Paraguai na última rodada.

Os uruguaios presentes ao Morumbi ficaram felizes depois da atuação contra o Brasil, mesmo com a derrota, mas o empate na rodada anterior, contra os chilenos é que foi ruim. Mas parece ter time para tentar a vaga direta na Copa.

Decepção– Peru e Bolívia, os dois últimos colocados, não podem ser considerados decepções, pois as más campanhas já eram esperadas. A surpresa negativa, até o momento, é a seleção do Equador, 8º colocado com apenas 3 pontos. Os equatorianos estiveram presentes nas duas últimas Copas. Em 2006, fez até um bom papel, passando de fase, e se esperava mais. Depois de três derrotas, uma vitória por goleada de 5 a 1 contra o Peru pode recuperar as esperanças do país.

Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 23/11/2007

Caminho Montañoso


Leandro Silva

Na Argentina, existe uma tentativa incessante de descobrir um novo Maradona. Ortega, Gallardo, Riquelme, Messi, todos esses já foram comparados ao maior ídolo do futebol platino. A Colômbia não tem Maradona, mas os colombianos vivem tentando descobrir um novo Valderrama. E, em 1999, o novo Valderrama da vez foi o meia Johnier Montaño, de 16 anos.

Não, Montaño não ostentava uma folclórica cabeleira como o ex-camisa 10 da seleção do seu país, tampouco o estilo era parecido. As semelhanças se baseavam apenas na qualidade do futebol. Depois de um começo avassalador, hoje Montaño joga no Sport Boys do Peru e já não parece ter mais fôlego para confirmar o que se esperava dele.

Em 1999, já atuando pelo Quilmes, da Argentina, Johnier tinha 15 anos quando foi convocado para o Sul-americano sub-17, disputado no Uruguai. Ele se salvou da péssima participação da Colômbia, última do grupo na primeira fase do torneio, e ainda conseguiu marcar um golaço de falta contra o Brasil.

Nesse mesmo ano, depois de completar 16 anos, Johnier disputou o Torneio de Toulon, da categoria sub-21. A Colômbia foi campeã e Montaño foi eleito melhor jogador da competição. A tradicional competição disputada na França era um prato cheio para os caça-talentos e as boas atuações de Johnier lhe valeram uma transferência para o Parma, da Itália, por aproximadamente 1 milhão de dólares. Mas a expectativa era de que esse fosse um investimento para o futuro e que ele não fosse imediatamente aproveitado pelo clube italiano.

Copa América

No mesmo ano de 1999, Ronaldinho, que ainda atuava no Grêmio, foi chamado para a Copa América, do Paraguai, graças às polêmicas embaixadinhas de Edilson na final do Campeonato Paulista, contra o Palmeiras, e, depois de um golaço contra a Venezuela, lançou seu nome para o futebol mundial. Johnier Montaño também foi convocado para essa competição em virtude do corte de um jogador consagrado, o atacante Faustino Asprilla, contundido.

Com a camisa 17, Montaño fez um grande campeonato e o ponto alto foi o confronto contra a Argentina, pela segunda rodada. O jogo vencido pela Colômbia por 3 a 0, ficou famoso por causa dos três pênaltis perdidos pelo atacante argentino Martín Palermo. Montaño, por sua vez, marcou mais um golaço.

Foi o bastante para começar a ser tratado como uma jóia preciosa pelos colombianos. E o Parma, que provavelmente emprestaria Johnier para um clube menor, acabou inscrevendo o jovem jogador na equipe principal com a camisa 26, junto com Buffon, Crespo, Ortega, Thuram, Cannavaro e Amoroso. Ao invés de um novo Valderrama, talvez eles buscassem um novo Asprilla, que tinha sido ídolo do clube.

Naquela época, ainda com a força da Parmalat, o Parma tinha um elenco talentoso e a concorrência por vaga no time era desleal para o menino de 16 anos. Na temporada 1999/2000, Montaño jogou pouco, como era de se esperar. Talvez fosse melhor para o futuro dele ter sido emprestado para uma equipe em que pudesse atuar com frequência e ser integrado ao Parma apenas quando estivesse mais maduro e adaptado ao futebol italiano.

Declínio

Mas a situação não melhorou na temporada seguinte e ele continuou atuando raramente. Na temporada 2001/2002, em busca de espaço para jogar, Montaño foi emprestado para o Verona. Foi inscrito com a camisa 11 e chegou com moral, mas não vingou. No final da temporada, já tinha perdido a condição de titular também.

A solução foi tentar um novo espaço, e mais uma rápida passagem pelo Piacenza na primeira metade da temporada 2002/2003. No início de 2003, porém, retornou ao Parma, já com 20 anos, inscrito com a camisa 11. O time já estava muito modificado. Adriano tinha chegado ao clube. Quem estava por lá também era Taffarell.

Johnier continuou sem espaço no Parma, as poucas apresentações não justificavam a expectativa criada em torno do seu futebol e a paciência já ia se esgotando. Em todo esse tempo, continuava atuando pelas seleções de base da Colômbia e o nível estava cada vez mais baixo.

Além do fraco desempenho em campo, o comportamento fora dele pode ser apontado como um dos principais fatores responsáveis pelo insucesso da carreira de Johnier Montaño. Sua presença nas seleções de base já era considerada prejudicial para o grupo e seus excessos nas férias de final de ano, na Colômbia, irritavam ao Parma. Todos os anos, ele costumava se atrasar na reapresentação ao clube.

O que pode explicar também a decadência de Montaño foi a perda de sua mãe quando ainda estava na Itália. O próprio Johnier assume que esqueceu o futebol por causa desse motivo e passou a não se interessar mais em treinar, jogar ou manter a disciplina.

Fim do sonho europeu

A paciência do Parma se esgotou no início de 2004, quando a equipe, cansada de esperar que a promessa se concretizasse, repassou Montaño para o América de Cali. Mas a terra natal não recuperou o futebol perdido de Johnier e ele também atuou muito pouco em 2004.

Uma nova transferência aconteceu em 2005, dessa vez para o Santa Fé. O time estava bem antes da chegada de Montaño, com 5 vitórias nas primeiras 5 partidas do campeonato. Posteriomente, no entanto, a equipe nem sequer se classificou para a fase final. E Johnier ainda ficou marcado por uma expulsão boba em um jogo decisivo contra o América de Cali.

Depois de jogar também no Qatar e em outras equipes menores da Colômbia, Montaño tenta reconstruir a carreira no Sport Boys, do Peru, e recuperar o tempo perdido. Tem sido considerado um dos principais destaques do futebol peruano. Bom para um recomeço, mas muito longe da expectativa criada com o seu início de carreira.

Ficha técnica

Nome completo: Johnier Esteiner Montaño Caicedo
Data de nascimento: 14/1/1983
Local de nascimento: Cali, Colômbia
Clube atual: Sport Boys
Clubes que defendeu: América de Cáli, Santa Fé, Cortúlua, Huilla (Colômbia) , Quilmes (Argentina), Parma, Piacenza, Verona e Lecce (Italia) e Al Wakra (Qatar)

Texto postado originalmente no site Olheiros.net no dia 22/11/2007

domingo, 18 de novembro de 2007

Tristeza Coral

Leandro Silva

O Santa Cruz perdeu por 2 a 0 para o Criciúma, ontem. Apenas completou a queda do tricolor pernambucano. Enquanto Náutico e Sport se sustentam na Série A, a Coral irá conhecer no próximo ano o porão do futebol brasileiro: a Série C.

O Santa caiu em 2006 para segunda divisão e agora para terceira. Se serve como consolo para os pernambucanos, o Vitória também passou pela mesma situação mas conseguiu se reerguer nos dois anos seguintes e estará de volta à elite na próxima temporada.

sábado, 17 de novembro de 2007

Os 21 forasteiros

Leandro Silva

Da Seleção Brasileira convocada para o jogo de hoje contra o Peru e o de quarta-feira contra o Uruguai, apenas um jogador atua no futebol brasileiro, o lateral-esquerdo Kléber do Santos.

Todos os outros 21 desfilam suas qualidades nos gramados do Velho Continente. Até os goleiros, que costumavam permanecer no futebol brasileiro não escaparam do êxodo.

Julio César, dono da camisa 1 do Brasil, permanece com a 12 da Internazionale, da Itália. Mas só por inscrição, pois já barrou o camisa 1 Toldo, ex-seleção italiana.
Julio é o líder da defesa menos vazada do Italiano. Sofreu 7 gols em 11 jogos. A Inter é líder com 25 pontos.

De lá da Itália, vem também o goleiro reserva. O camisa 32 da Roma, Doni. Titular absoluto, o goleiro, que teve passagens criticadas por Corinthians e Santos, adquiriu respeito bem longe do Brasil.

Neste Italiano, a Roma já sofreu 16 gols na mesma quantidade de jogos da Inter. E está três pontos atrás. No início do mês, ele falhou nos gols do empate com o Empoli, mas segue com crédito pelas atuações da temporada passada.

O líder da defesa romana também está na seleção. É o ex-flamenguista Juan. Ele chegou à Roma nesta temporada depois de uma ótima Copa do Mundo e mais um bom ano em Leverkusen. Na Roma, tem tido atuações elogiadas, inclusive ofensivamente.

Esquentado– O companheiro de zaga dele é o experiente Lúcio. Ele comanda a defesa do Bayern de Munique, que levou apenas 7 gols em 13 rodadas do Alemão. Em apenas uma ele ficou de fora.

Lúcio é ídolo da torcida bávara. Na semana passada, ele deu uma cotovelada no suíço Magnin e pegou uma suspensão de 4 jogos.

No Alemão, o Bayern é líder e está um ponto a frente do Werder Bremen, do zagueiro Naldo e do meia Diego. A defesa do Werder já levou 10 gols a mais que a do Bayern. Pior para Naldo que não está tão bem quanto nas últimas temporadas. Apesar de ter atuado em todas as partidas da equipe.

Já Diego é mais ídolo do que nunca no Werder depois da saída de Klose. Ele alimenta o ataque mais positivo do alemão e é o vice-artilheiro do time com 6 gols.

Quem completa a zaga é Alex do Chelsea. O brasileiro depois de ótimas temporadas pelo PSV chegou neste ano ao clube inglês. A defesa do Chelsea levou 9 gols em 13 jogos. Mas Alex ainda tenta se firmar. Atuou em apenas 6 jogos, menos da metade do total do clube.

Laterais – Maicon permanece com regularidade na Internazionale. E cresce defensivamente a cada temporada na Europa. Muito questionado, o lateral não costuma comprometer na Inter, assim como na Seleção.

O reserva é o baiano Daniel Alves, ídolo do Sevilla e um dos maiores símbolos do crescimento do clube nas últimas temporadas. Está entre os 50 melhores do mundo para a France Football.

Depois da transferência frustrada para o Chelsea, Daniel passou pela primeira vez por momentos conturbados no clube com queda de rendimento, mas está recuperando o bom futebol.

Na esquerda, Gilberto é um dos pilares do Hertha Berlim, 8° colocado no Alemão. Ficou de fora de apenas uma partida e marcou um gol. Mas lá ele atua no meio de campo. O volante Mineiro também atua no meio de campo do time alemão. Mas ficou de fora de 4 partidas. Em outras três, entrou apenas durante o jogo.

Josué ficou de fora de apenas 3 partidas do Wolfsburg, 11° colocado do Campeonato Alemão. E está se adaptando ao futebol alemão.

Decadência – Já Gilberto Silva atravessa o pior momento desde que chegou à Europa. Cotado para se tornar capitão do Arsenal depois da saída de Henry, Gilberto acabou perdendo até mesmo a posição de titular no surpreendente Arsenal, líder do Campeonato Inglês. Ele atuou em apenas 3 jogos.

Fernando Menegazzo é um dos maiores mistérios entre os convocados. Ele tem apenas participação regular no Bordeuax, terceiro colocado do Francês.

Por outro lado, Elano tem sido cada vez mais importante para o Manchester City, terceiro colocado no Inglês. Ele já fez quatro gols e atuou em todos os jogos do time.

Júlio Baptista trocou a Inglaterra pela Espanha mas não conseguiu recuperar o futebol da época do Sevilla. Acabou trocando apenas o banco do Arsenal pelo do Real Madrid, líder do Espanhol.

Melhor momento– O grande destaque do time é Robinho. Ele teve grande importância no título da temporada passada com Fabio Capello, mas foi agora, depois da última atuação contra o Equador no Maracanã, que ele passou a encantar regularmente no Real. Assumindo o papel de principal craque do time.

Além dele, quem está em ótima fase na Espanha é Luis Fabiano, do Sevilla. Finalmente, ele está conseguindo mostrar na Europa o bom futebol dos tempos do São Paulo.

Artilheiro do Campeonato Espanhol com 8 gols, ele já marcou 13 em número igual de partidas na temporada.

Ronaldinho está em momento inverso. Outrora intocável no Barcelona, o Gaúcho já teve atuações e o comportamento questionados durante a atual temporada.

Muito questionado na Seleção, na Rússia Vagner Love é ídolo. Ele foi terceiro colocado na artilharia do Campeonato Russo encerrado na semana passada. Fez 13 gols, um a menos que Adamov e Pavlyuchenko. CSKA ficou em terceiro.

Matéria publicada originalmente na primeira edição do Jornal A Tarde do dia 18/11/2007

Os esquecidos pela Amarelinha

Leandro Silva

Até segunda-feira dessa semana, o atacante Luis Fabiano fazia parte de um time indesejado. Dos esquecidos da Seleção.

O camisa 10 do Sevilla tinha atuado pelo Brasil pela última vez em 2004, na Copa América.

As más atuações em gramados europeus tinham fechado suas portas na Seleção. Mas a fase mudou e hoje Luis Fabiano é um dos destaques do continente e fez por merecer sua convocação, que só aconteceu depois do corte de Afonso Alves.

Ele deixou de fazer parte de um time que ainda conta com outros jogadores de destaque.

O baiano Liedson é o sonho de consumo da seleção portuguesa, carente de um bom centroavante. Porém, apesar da sua regularidade como destaque do Campeonato Português com o Sporting Lisboa, na sua terra natal, nunca foi lembrado por nenhum treinador da Seleção.

O meia-esquerda Alex já foi muitas vezes convocado mas nunca disputou uma Copa.
Hoje no Fenerbahçe da Turquia, Alex continua demonstrando um futebol de altíssimo nível, inclusive na Liga dos Campeões da Europa em que comanda a boa campanha dos turcos. Mesmo assim, nunca foi chamado por Dunga.

O lateral-esquerdo Marcelo, do Real Madrid, foi o primeiro titular da Era Dunga na Seleção, na época em que ainda defendia o Fluminense, mas desde que foi para a Espanha entrou no time dos esquecidos.

Afastamento justificável, já que estava na reserva do clube merengue.Mas nessa temporada vem se destacando depois da saída de Roberto Carlos.

Na outra lateral, quem ficou de fora depois de contusão foi Cicinho, destaque na Roma.

Dois pioneiros da Era Dunga também caíram no completo esquecimento. Foram Daniel Carvalho e Dudu Cearense.

Uma ausência que será notada principalmente na próxima partida da Seleção, no Morumbi, contra o Uruguai é de Rogério Ceni que ainda não foi convocado por Dunga.

O meio-campista Ibson está fazendo um grande Brasileiro pelo Flamengo e sua ausência começa a ser questionada.

O meia Anderson foi para a última Copa América mas, visivelmente fora de forma, não conseguiu jogar bem.

Na atual temporada, buscando um lugar no concorrido time do Manchester United, Anderson passou a atuar como volante central e revelou uma faceta desconhecida, a capacidade de marcação.

O ataque do time dos esquecidos é reforçado por jogadores de reconhecida qualidade que não estão atuando ou estão em má fase.

Ronaldo, Nilmar e Fred estão retornando depois de contusão. Alexandre Pato ainda aguarda a estréia oficial pelo Milan e Adriano ainda não recuperou o bom futebol desde a Copa.

Matéria publicada originalmente na primeira edição do Jornal A Tarde do dia 18/11/2007

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

E o ataque da Seleção?

Leandro Silva

Anteontem Luis Fabiano voltou a ser chamado para Seleção Brasileira. Foi convocado para o lugar do cortado Afonso Alves, que está contundido.

Cortes nunca são desejados, mas muitas vezes é o destino dando uma mãozinha aos treinadores. Basta lembrar a zaga que foi muito bem na Copa de 94. Aldair e Márcio Santos foram escalados pelo destino.

A volta de Luis Fabiano à Seleção serve também para marcar o ótimo momento dele em gramados europeus. Finalmente, ele parece ter se adaptado ao futebol do Velho Continente.

E é mais uma ótima opção para o ataque da Seleção. Para o momento atual, acho que o único atacante que poderia fazer parte dos convocados para os jogos contra Peru e Uruguai seria Liedson.

Muito se fala sobre uma escassez de bons atacantes. Mas acho que logo em breve vai ser complicado escolher os convocados por conta de um excesso de qualidade.
Em breve acho que o Brasil terá à disposição 9 atacantes no mais alto nível:

- Robinho
- Liedson
- Vagner Love
- Luis Fabiano
- Nilmar
- Alexandre Pato
- Fred
- Ronaldo
- Adriano

Contusões, má fase e o fato de Alexandre Pato estar sem jogar deverão ser resolvidos em breve e a luta por um lugar entre os atacantes convocados deverá voltar a pegar fogo. Pior para os goleiros adversários.

Quais os seus quatro escolhidos?

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

E o baiano resolve, de novo

Leandro Silva

Já virou clichê dizer que a torcida do Sporting Lisboa sempre espera que o baiano Liedson, da cidade de Cairu, resolva as situações mais complicadas a favor dos Leões.

Ontem, mais uma vez, eles mostraram que têm razão. O Levezinho, como é conhecido por causa do seu físico franzino, pouco comum para um atacante de área, fez os dois gols do empate do clube português contra a Roma, em 2 a 2.

Os gols mantiveram acesas as chances de classificação dos portugueses. Se tivesse perdido a partida, os lusos dariam adeus às chances de permanência na Liga.

Na outra partida do Grupo F, o Manchester United não teve dificuldades em aplicar 4 a 0 no Dynamo Kiev, com gols de Piqué, Cristiano Ronaldo, Rooney e Tevez, e garantir sua vaga nas oitavas.

Pelo Grupo C, os brasileiros Vagner Love e Jô marcaram contra a Internazionale, mas não conseguiram evitar a virada sobre o CSKA Moscou. O abrasileirado Fenerbahçe venceu o PSV, por 2 a 0.

Outro clube que também assegurou a classificação, ontem, foi o Arsenal, apesar do decepcionante empate em 0 a 0 com o Slavia Praga – depois de aplicar 7 a 0 no jogo de ida, em casa –, com 10 pontos. O Sevilla chegou aos nove, ao vencer o Steaua, por 2 a 0, com dois gols do volante brasileiro Renato, e ficou muito próximo da vaga.

FUTEBOL ALEGRE – A julgar pela apresentação de ontem, do Barcelona contra o Rangers, pode-se dizer que o futebol alegre do clube catalão está voltando. O resultado de 2 a 0 não refletiu a superioridade técnica do clube espanhol. E a alegria estava estampada no rosto dos jogadores depois de cada lance, principalmente no sorriso largo de Ronaldinho Gaúcho.

O meia-atacante participou dos dois gols da partida. Logo aos seis minutos, fez um lançamento longo, perfeito, para a lateral da área. Lionel Messi aproveitou bem e cabeceou cruzado para o gol e o francês Thierry Henry, de carrinho, empurrou para as redes.

E o brasileiro voltou a brilhar aos 42 minutos, em uma tabelinha envolvente com Messi, que resultou no gol do argentino no rebote de um chute de Ronaldinho.

O Barça chegou aos 10 pontos e se isolou na liderança. Com a vitória de 4 a 2 em cima do Stuttgart, o Lyon chegou aos seis pontos e se aproximou do Rangers, com sete.

MARCAS HISTÓRICAS – A rodada encerrada ontem foi marcada por dois recordes expressivos. De um time e de um jogador.

Na terça-feira, o Liverpool, que ainda não havia vencido na fase de grupos da competição, mandou para muito longe a má fase ao golear, impiedosamente, o Besiktas, da Turquia, por 8 a 0. É a maior goleada da competição desde que foi adotado o formato atual, em 92.

O israelense Benayoun foi o grande nome do jogo e deixou sua marca três vezes. Peter Crouch e o holandês Babel fizeram dois, e o ídolo Gerrard marcou um.

No mesmo dia, o veterano atacante ´Pipo´ Inzaghi, do Milan, marcou dois gols na vitória do seu time contra o Shakthar Donetsk, da Ucrânia, e chegou aos 62 gols em competições européias. Ele se igualou ao alemão Gerd Müller.

Quem também balançou as redes no jogo foi o brasileiro Kaká. O Milan, com a vitória, assumiu a liderança do Grupo D e garante a vaga com um empate na próxima rodada, contra o Celtic.

O time escocês venceu o Benfica e está empatado no segundo lugar do grupo com o Shakthar. Os portugueses seguram a lanterna.

BALANÇO – Vale lembrar que os dois primeiros de cada grupo garantem classificação nas oitavasde-finais da tradicional competição. O terceiro colocado ainda se classifica para a Copa da Uefa.

No momento do sorteio dos grupos, o espanhol Valencia foi considerado favorito a uma das vagas do Grupo B, mas continua decepcionando.

Na terça, perdeu, em casa, para o Rosenborg, por 2 a 0, tem três pontos, e se complicou. Chelsea, com oito pontos, e Rosenborg, com sete, são favoritos à classificação. O Schalke tem quatro.

No Grupo C, com o empate em 0 a 0 com o Olympiakos, o Real Madrid manteve a ponta, agora com oito pontos. A Lazio venceu o Werder e está em segundo, empatado com o time grego, com cinco.

No Grupo A, com a goleada, o Liverpool ressurgiu e chegou aos quatro pontos. O Olympique, com sete, foi ultrapassado pelo Porto.

Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 8 de novembro de 2007

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Primeiro Penta?

Leandro Silva

No meio da onda de festa pelo quinto título brasileiro, merecido, do São Paulo, muitas pessoas, inclusive do próprio São Paulo passaram a considerar o Tricolor Paulista como o primeiro pentacampeão brasileiro. Muitas por terem a memória traída e outras tantas por pura picuinha contra o Flamengo.

A confusão toda remete a 1987, à Copa União. Campeonato que contou com as 16 equipes mais tradicionais do país (Flamengo, Fluminense, Botafogo, Vasco, Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Bahia, Cruzeiro, Atlético Mineiro, Coritiba, Santa Cruz, Goiás, Grêmio e Internacional).

Esse campeonato existiu e foi organizado pelo recém-formado clube dos 13 porque a CBF anunciou que não teria condições financeiras de organizar o campeonato. Contando principalmente com os apoios da Coca-Cola, varig e Rede Globo, os clubes tornaram o campeonato viável.

Foi aí que a CBF resolveu aparecer. E, com 5 rodadas já disputadas do Brasileiro, resolveu iniciar uma espécie de segunda divisão (o Módulo Amarelo) para acabar com a irritação dos clubes que ficaram de fora do campeonato. Nada mais justo. Até para manter os clubes em atividade.

O grande problema é que a CBF impôs que deveria haver um quadrangular entre os dois melhores do módulo verde (1ª divisão) e do módulo amarelo (2ª divisão) para decidir o campeão brasileiro. Mas, desde já, os clubes da primeira divisão afirmaram que não iriam participar desse quadrangular (com exceção do Vasco) porque quebrava um princípio básico de qualquer competição esportiva: o regulamento não pode mudar depois do ínicio.

Por sinal, o presidente do Clube dos 13 também era presidente do São Paulo, que hoje tenta valorizar a própria conquista menosprezando o título carioca. Vale lembrar, para quem compara à Copa João Havelange de 2000, que o São Caetano chegou até a final contra o Vasco vindo da 2ª divisão, que neste ano, o cruzamento já estava previsto antes da bola rolar. E que se o Vasco não entrasse em campo estaria rasgando o regulamento.

Aconteceria o mesmo se Flamengo e Internacional entrassem em campo para o tal quadrangular contra Sport e Guarani. Por isso, não é justo dizer que o Flamengo ficou com medo ou correu dos jogos contra Sport e Guarani.

O Internacional que tinha sido vice da Copa União poderia se aproveitar da situação e tentar ser campeão superando o Flamengo no quadrangular. Não teria nada a perder. Mas teve uma posição honrosa e cumpriu o que estava acordado. Não disputar esse cruzamento.

Para terminar, será que o São Paulo toparia disputar um quadrangular para decidir o título brasileiro de 2007 com Santos, Coritiba e Vitória?

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Agora, pode atrasar à vontade

Leandro Silva e Eliano Jorge

Dois gols, dois passes que terminaram nas redes, um pênalti sofrido, lindas jogadas e dribles sensacionais ontem. Só com estes argumentos o atacante Robinho conseguiu, enfim, justificar sua demora em se apresentar ao Real Madrid, após brilhar na Seleção Brasileira.

Não haviam colado suas desculpas pela perda do vôo, junto com o meia Júlio Baptista. Mas as broncas terminaram com o desempenho decisivo do craque na suada vitória de 4 a 2 sobre o grego Olympiacos, em casa.

O clube merengue afastou o início de turbulência e assegurou a ponta do Grupo C da Liga dos Campeões Europeus. Vinha de derrota para o Espanyol, pela Liga Espanhola, sábado, sem o punido Robinho. Com o perdão do treinador alemão Bernd Schuster à dupla brasileira, o céu clareou.

De volta como titular, o ex-ídolo santista não o decepcionou. E encerrou a polêmica.
O goleiro Iker Casillas também salvou com defesaças o Real Madrid, desfalcado do volante malinês Mahamadou Diarra e do zagueiro italiano Fabio Cannavaro.

Aos 2 minutos, Raúl abriu o placar e alimentou a ilusão de jogo fácil. Aproveitou rebote de chute do holandês Ruud Van Nistelrooy, após roubada de bola e lançamento primoroso de Robinho.

Cinco minutos depois, o argentino Luciano Galetti empatou. Mas, aos 12, o zagueiro grego Vassilis Torosidis vacilou, expulso.

Ofensivos, os madridistas se lançaram ao ataque. E desperdiçaram preciosas chances. Acabaram surpreendidos pela virada de 2 a 1, em gol de seu ex-zagueiro maranhense Júlio César, desviando cobrança de falta, aos 2 minutos do segundo tempo.

Robinho ia deixando para trás os entortados adversários e as críticas por ter se excedido nas comemorações da goleada de 5 a 0 sobre o Equador, no Maracanã. Teve seu esforço recompensado e igualou a conta, de cabeça, aos 23.

Nove minutos mais tarde, o craque abusou das pedaladas e acabou derrubado dentro da área. Porém, Nistelrooy pôs a bola em órbita, acima do travessão.

O centroavante se redimiu cinco minutos depois, dando assistência para Robinho revirar em 3 a 2. Nos acréscimos, o brasileiro contragolpeou pela direita e serviu o guinéu Javier Balboa, que nocauteou os alvirrubros.

HAJA GOL! – Na outra partida do Grupo C, com o meia Diego e o zagueiro Naldo, da Seleção, o Werder Bremen derrotou a italiana Lazio por 2 a 1 na Alemanha. Porém, não passa de terceiro colocado.

Além dos dois de Robinho e o de Júlio César, saiu mais um gol brazuca ontem. O atacante Bobô, ex-Corinthians, anotou o segundo do Besiktas no triunfo de 2 a 1 sobre o inglês Liverpool, na Turquia.

Os artilheiros, aliás, continuaram afiados na continuação da terceira rodada. Mantiveram a média de três gols por jogo do dia anterior. Os goleiros foram buscar a bola no fundo das redes 24 vezes.

Os próximos jogos ocorrem em 6 e 7 de novembro, repetindo os confrontos desta rodada com mandos de campo invertidos.

BALANÇO – Decorrida metade das seis rodadas da fase de grupos, apenas dois times mantêm a pontuação perfeita. Os ingleses Arsenal e Manchester United lideram, mas só a três pontos dos esperados concorrentes: Sevilla e Roma.

Com um ponto, o Liverpool, cinco vezes campeão, é o destaque negativo. Segura a lanterna do Grupo A, depois de empate no Porto e derrotas para Olympique de Marselha e Besiktas. Finalistas da edição passada, os Reds correm sérios riscos de serem eliminados ainda na primeira fase.

O Olympique perdeu a chance de preservar os 100% de aproveitamento, ao empatar com o lusitano Porto, em 1 a 1, na França, mas manteve a ponta da chave.

Pelo Grupo D, o Milan, detentor do título, venceu o ucraniano Shakhtar Donetsk por 4 a 1, na Itália. Sempre contestado, o atacante Alberto Gilardino marcou os dois primeiros gols. O meia holandês Clarence Seedorf emendou outro par de bolas no barbante.

Duas vezes campeão, o Benfica pontuou nesta competição pela primeira vez, ao vencer o escocês Celtic por 1 a 0, em Portugal.

Na chave B, o Chelsea afasta a má fase, dobrando o alemão Schalke por 2 a 0, na Inglaterra, com frangaço do goleiro Neuer. O Rosenborg, na Noruega, nem ligou para o espanhol Valencia. Deu 2 a 0 e chegou à vice-liderança.

Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 25/10/2007

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Por que Fernando Menegazzo?

Leandro Silva

Tudo bem, o título foi inspirado no texto antológico de meu colega Daniel Dórea sobre o meia Marcelinho que insistentemente (e inexplicavelmente) era escalado por Arturzinho como titular no Bahia no início desse ano. Peguei carona no título para tentar entender um mistério maior ainda: Por que Fernando Menegazzo na seleção?

É cada vez mais comum ouvir alguém dizer: "tal volante é Seleção". E quando alguém rebate e diz que esse 'tal volante' não possui nivel para ser um dos 22 convocados pelo técnico Dunga, a tréplica já está na ponta da língua: "Mas ele é melhor que Fernando Menegazzo".

Pronto! Fernando Menegazzo virou um argumento perfeito para cobrar a presença daquele volante que você adora. Afinal, além de Gilberto Silva, Mineiro e Josué, que são freqüentemente convocados, podemos listar um sem número de volantes que preenchem os requisitos para jogar na seleção: serem melhores que Menegazzo.

- Lucas Leiva
- Renato
- Tinga
- Magrão
- Dudu Cearense
- Denilson
- Hernanes
- Arouca
- Jonatas
- Makelele
- Charles
- Luis Alberto
- Leandro Guerreiro

Ainda pensei: "será que é apenas implicância de todos?". Para tentar acabar com essa dúvida busquei informações com meu amigo Gustavo Vargas (Ergos), um dos mais indicados para dar uma opinião sobre o jogador. Primeiro, porque torce para o Grêmio, e segundo, porque é um dos brasileiros que melhor acompanha e entende o futebol francês onde atua o volante do Bordeaux.

Veja as informações e opiniões de Gustavo Vargas sobre Fernando:

- "Enganou no início de carreira pelo Juventude";

- "Ele pintou muito bem no juventude. Jogava muito, isso em 2001. Também nas seleções de base";

- "Foi pro Grêmio e naufragou tanto que voltou para o Juventude antes de ir para a Europa";

- "Evoluiu quanto aos tempos de Grêmio, caso contrário ele estaria em um Remo da vida";

- "Lá, foi reserva do poderoso Siena e foi parar no Catania, então na série B";

- "Ricardo Gomes, que tinha treinado ele na segunda passagem pelo Juventude, o levou para o Bordeaux";

- "Sempre foi titular lá, fez uma temporada retrasada muito boa";

- "Mas nunca foi o grande destaque do time. É apenas mais um, não há explicação para suas convocações";

- "A torcida gosta dele, mas sempre teve outros ídolos maiores, tipo o Ramé e o Mavuba";

Depois disso tudo, o título se torna mais forte: Porque Fernando Menegazzo?

Título para o Ice Man Pé-quente

Leandro Silva

Os olhos do mundo do automobilismo estavam voltados para a empolgante rivalidade entre Lewis Hamilton e Fernando Alonso, que fez lembrar os tempos românticos da Fórmula 1, mas, ontem, no Grande Prêmio do Brasil, quem roubou a cena foi o finlandês Kimi Raikkonen, da Ferrari. Ele venceu a prova e conquistou o Mundial de Fórmula 1 da temporada 2007.

Cotado como grande azarão na luta pelo título antes do início da corrida, Raikkonen surpreendeu e tirou a desvantagem de pontos que o separava dos rivais Hamilton e Alonso, depois de cruzar a linha de chegada em primeiro no circuito paulista de Interlagos.

Foi a sexta vitória do finlandês na temporada e a 15ª da carreira. Raikonnen terminou o campeonato com 110 pontos, um a mais que Lewis Hamilton e Fernando Alonso. O inglês ficou com o vice por ter um número maior de segundos lugares. Raikkonen é o terceiro piloto finlandês a se tornar campeão de Fórmula 1. Antes dele, Keke Rosberg, pai do piloto alemão Nico Rosberg, em 1982, e Mika Hakkinen, em 1998 e 1999, já tinham conquistado o título.

O Brasil também tem três campeões mundiais. Ayrton Senna, Nelson Piquet e Emerson Fittipaldi. Mas ganha da Finlândia em número total de títulos. Oito do Brasil contra quatro da fria Finlândia.

A CORRIDA – Para ficar com o troféu na última corrida não bastou apenas talento ao campeão. Ele também contou com a ajuda do companheiro de equipe, Felipe Massa, que, na largada, deslocou sua Ferrari para a esquerda e bloqueou Hamilton, permitindo que Kimi o ultrapassasse. Alonso também se aproveitou e passou o inglês.

Por ironia, o ´Ice Man` teve que contar também com a sorte. Logo ele, tachado por muitos de pé-frio. A sorte lhe sorriu logo no início da prova, quando Hamilton tentou ultrapassar Alonso, se atrapalhou, e saiu da pista. Ele voltou apenas em oitavo. O favorito ao título tentava se recuperar quando teve problemas no câmbio. O carro desacelerou de repente e ficou muito lento. Pareceu que seria o fim de prova para o inglês.

Mas o carro voltou ao normal por si só depois que Hamilton já estava na 18ª colocação. Depois, o inglês teve que fazer uma corrida inteira de recuperação, chegando na sétima colocação, a duas posições do título. O espanhol Fernando Alonso não conseguiu superar as Ferrari e completou o pódio.

Enquanto Massa estava na frente de Raikkonen, o espanhol ficava com o tricampeonato nas mãos. Mas um eventual jogo de equipe da Ferrari para beneficiar o finlandês já era esperado.

E demorou. As Ferrari trocaram de posição apenas no segundo pit stop dos dois, na 50ª de um total de 71 voltas. A Ferrari antecipou o segundo pit stop de Felipe Massa, que parou na volta 49.

Mais leve que o companheiro, Raikkonen voou baixo, tirou a pequena diferença para o companheiro – em torno de dois segundos – e quando parou, duas voltas depois, conseguiu voltar à frente do brasileiro. Dali, o finlandês apenas passeou rumo ao sonhado título. Barrichello abandonou a prova na 41ª volta com problemas no motor.

HAMILTON – Em um momento da prova, o futuro do campeonato poderia ter sido decidido por dois pilotos que não tinham nada a ver com a disputa. Nico Rosberg, da Williams, e Robert Kubica, da BMW Sauber, disputavam metro a metro a quarta colocação e ficaram muito próximos de um choque por diversas vezes.

Se os dois se tocassem e saíssem da prova dariam o título de bandeja para o inglês Lewis Hamilton, que precisava ganhar exatamente duas posições para se tornar o mais jovem campeão mundial de Fórmula 1.

O primeiro negro da história da Fórmula 1 esteve com o título nas mãos nas duas últimas provas do campeonato, mas errou quando não poderia errar. Na corrida anterior, na China, o estreante também errou e adiou a decisão para Interlagos.

MASSA – O brasileiro Felipe Massa, da Ferrari, teve papel decisivo na conquista do título do companheiro Raikonnen, mas deve estar com uma pontinha de frustração por não ter conseguido vencer em casa pelo segundo ano consecutivo. Depois de ficar com a pole position no sábado e de liderar a prova de ontem até a 50ª volta, o segundo lugar, necessário para que o companheiro pudesse festejar deve ter tido um gosto bastante amargo. Massa nega.

O CAMPEONATO – A prova decisiva foi um retrato da temporada: emoção do início ao fim.
O título ficou com o piloto que venceu a primeira prova do ano, na Austrália. Mas depois daquela vitória, o finlandês só voltaria a receber a bandeirada em primeiro lugar na oitava prova da competição, na França.

Nas últimas dez provas, Raikonnen chegou noive vezes ao pódio. A Ferrari ficou com o título do Mundial de Construtores com 204 pontos, mais que o dobro dos pontos da segunda colocada BMW Sauber, que teve 101 pontos. A McLaren seria a campeão com 218 pontos, mas foi punida pela FIA pelo caso de espionagem em que se envolveu.

TÍTULO CONFIRMADO – O inglês Lewis Hamilton teve uma esperança de ser campeão mesmo depois da corrida. É que a FIA investigaria a gasolina utilizada pela Williams e pela BMW Sauber no GP do Brasil.

A acusação era de que os carros dessas equipes teriam utilizado gasolina com temperatura mais baixa que a permitida. Se as equipes fossem punidas, Rosberg, Kubica e Heidfeld perderiam os pontos e o maior beneficiado seria o inglês que pularia da sétima para a quarta colocação e ficaria com o título Mundial. Mas no meio da noite de ontem, a FIA confirmou o título para Kimi Raikonnen.

Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 22/10/2007

Conheça a história do campeão da Fórmula 1 em 2007

Leandro Silva

Kimi Matias Raikkonen nasceu na Finlândia em 17 de outubro de 1979 e conquistou o seu primeiro título mundial de Fórmula 1, ontem, quatro dias depois de completar 28 anos de idade. Foi a 15ª vitória de Kimi na mais famosa categoria do automobilismo mundial.

Este é o ápice da carreira do ´Ice man´, o Homem de Gelo, como é conhecido o atual campeão pelo seu estilo discreto na vida e nas pistas.

A história de Raikkonen no mundo da velocidade começou cedo, quando o então garoto de oito anos começou a guiar um Kart por diversão.

No ano seguinte, já passou a competir. Em 1995, estreava na principal categoria do kart e venceu sua primeira prova.

Em 1996, 1997 e 1998 se tornou campeão finlandês adulto da categoria.

Mas o caminho para a Fórmula 1 começou a ser traçado quando Raikkonen foi morar na Inglaterra, em 1999, e passou a correr na Fórmula Renault inglesa.

Kimi conseguiu quatro vitórias na primeira temporada. O desempenho melhorou na temporada seguinte, quando venceu sete das dez corridas. Assim, ele se tornou campeão britânico de Fórmula Renault.

Ele chegou ao pódio nas dez provas. Nesse mesmo ano, participou de três provas do Campeonato Europeu da categoria e venceu duas. Além de conseguir duas pole positions.

DESCONFIANÇA – Os resultados expressivos deram a Kimi a chance de fazer testes na equipe Sauber e ele não decepcionou. Chamou a atenção de Peter Sauber, dono da escuderia, que o contratou para a temporada seguinte.

Ele foi contratado mesmo tendo disputado apenas 23 provas nos chamados carros de ´Fórmula´ o que gerou muita desconfiança sobre o desempenho do finlandês na Fórmula 1.

A estréia de Haikkonen na F-1 aconteceu em 2001, com um surpreendente sexto lugar na primeira corrida, o GP da Austrália. Ele terminou o ano com 9 pontos. Na temporada seguinte, já estava ao volante de uma McLaren/Mercedes.

Foi contratado para substituir o bicampeão mundial Mika Hakkinen, também finlandês.

Na temporada seguinte, chegou ao primeiro pódio no mesmo GP da Austrália.

Em 2003, começou a roubar a cena na categoria, mas já começava a levar a fama de ´pé-frio´ depois de terminar a temporada a apenas 2 pontos do alemão Michael Schumacher, que conquistou o sexto título mundial. Foi nessa temporada que venceu uma corrida pela primeira vez, no GP da Malásia, em Sepang.

Na temporada 2005, o finlandês voltou a brigar pelo título com toda a condição de conquistá-lo, mas novamente deixou escapar o título, dessa vez para o espanhol Fernando Alonso, da Renault. Mesmo vencendo sete provas e marcando 112 pontos, ficou sem o sonhado troféu.

Mas o desempenho de Raikkonen caiu no ano passado. O finlandês não venceu nenhuma prova e ficou apenas com a quinta colocação, o que motivou a sua saída da McLaren e a sua chegada na Ferrari para a atual temporada, dessa vez, para substituir o heptacampeão mundial Michael Schumacher. E o final dessa história todos já conhecem. A fama de Homem de Gelo deve continuar, mas a de pé-frio pode ter sido aposentada depois da recuperação impressionante do finlandês no Mundial, que deixou o ex-patrão Ron Dennis triste.

Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 22/10/2007

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Guia das Eliminatórias Sul-americanas

Leandro Silva

ARGENTINA

Copas disputadas: 14 (1930, 58, 62, 66, 74, 78, 82, 86, 90, 94, 98, 2002 e 2006)
Classificação nas últimas Eliminatórias:
Estádio: Monumental de Núñez (Buenos Aires, 66.449 lugares)
Principal jogador: Lionel Messi
Fique de olho: Sergio Agüero
Técnico: Alfio Basile
Posição no ranking da Fifa:
Retrospecto contra o Brasil: 33 vitórias, 22 empates e 36 derrotas
Time-base: Abbondanzieri, Zanetti, Gabriel Milito, Demichelis, Heinze; Mascherano, Cambiasso, Maxi Rodriguez, Riquelme; Messi e Tevez.

Maior favorita a uma das quatro vagas, junto com o Brasil, a Argentina vivia um grande momento até a derrota na final da Copa América, para a Seleção Brasileira.
Lionel Messi, do Barcelona, é um dos jogadores que melhor está atuando nesta temporada e pode assumir um papel de protagonista. Boas opções ofensivas não faltam. Carlitos Tevez e Agüero devem brigar pela 2ª vaga do ataque. Riquelme não vem atuando pelo Villarreal e a falta de ritmo pode atrapalhar.

BOLÍVIA

Copas disputadas: 3 (1930, 50 e 94)
Classificação nas últimas Eliminatórias: 10º
Estádio: Ernando Siles (La Paz, 45.000 lugares)
Principal jogador: Marcelo Moreno
Fique de olho: Arce
Técnico: Erwin Sanchez
Posição no ranking da Fifa: 90º
Retrospecto contra o Brasil: 4 vitórias, 2 empates e 18 derrotas
Time-base: Galarza, Hoyos, Raldes, Peña, Soliz; Lima, García, Vaca; Juan Carlos Arce, Marcelo Moreno e Jaime Moreno.

A principal arma do time boliviano continua sendo a altitude de La Paz que aterroriza os adversários. Mas, hoje, o técnico Erwin ´Platini´ Sanchez pode dizer que possui algum talento ofensivo à sua disposição, principalmente com o meia Vaca e os atacantes Marcelo Moreno, do Cruzeiro, e Juan Carlos Arce, do Corinthians, além do veterano Jaime Moreno, do DC United. A primeira meta é deixar de ser o saco de pancadas do continente. Para isso, precisa conseguir vencer fora de casa.

COLÔMBIA

Copas disputadas: 4 (1962, 90, 94 e 98)
Classificação nas últimas Eliminatórias:
Estádio:El Campín (Bogotá, 46.018 lugares)
Principal jogador: David Ferreira
Fique de olho: Radamel Falcão Garcia
Técnico: Jorge Luis Pinto
Posição no ranking da Fifa: 24º
Retrospecto contra o Brasil: 2 vitórias, 5 empates e 14 derrotas
Time-base: Agustin Julio, Zuniga, Walter Moreno, Mosquera, Estiven Velez; Amaya, Carlos Sanchez, Castrillon, David Ferreira; Radamel Falcão Garcia e Renteria.

Desde a Copa do Mundo de 1994, quando Pelé apontou a Colômbia como favorita ao título e acabou eliminada na primeira fase, nunca mais a seleção do país conseguiu repetir os bons resultados e o bom futebol. O principal jogador do time colombiano, hoje, é o baixinho David Ferreira, do Atlético Paranaense. Renteria, Rodallega, Falcão García, Grisales além do goleiro Zapata são bons jogadores. Falta formarem um grande time.O zagueiro Ivan Cordóba está fora da seleção.

CHILE

Copas disputadas: 7 (1930, 50, 62, 66, 74, 82 e 98)
Classificação nas últimas Eliminatórias:
Estádio: Nacional (Santiago, 77.500 lugares)
Principal jogador: Marcelo Salas
Fique de olho: Matías Fernández
Técnico: Marcelo Bielsa
Posição no ranking da Fifa: 47
Retrospecto contra o Brasil: 7 vitórias, 12 empates e 44 derrotas
Time-base: Bravo; Alvarez, Riffo e Ponce; Arturo Vidal, Maldonado, Fierro; Matias Fernandez, Mark Gonzalez; Suazo e Salas

Desde 1998, o Chile não disputa uma Copa do Mundo. Com bons jogadores jovens no país, a expectativa por uma possível classificação é boa. O atacante Marcelo Salas, da Universidad de Chile está de volta à seleção. Já o ´Mago´ Valdivia, do Palmeiras, não foi convocado depois de problemas disciplinares durante a última Copa América. O volante Maldonado, do Santos, é um dos líderes do grupo. Outros destaques são Arturo Vidal, Mark Gonzales, Suazo e Matías Fernández.

EQUADOR

Copas disputadas: 2 (2002 e 2006)
Classificação nas últimas Eliminatórias:
Estádio: Olímpico Atahualpa (Quito, 40.000 lugares)
Principal jogador: Edison Mendez
Fique de olho: Luis Antônio Valencia
Técnico: Luis Fernando Suárez
Posição no ranking da Fifa: 57º
Retrospecto contra o Brasil: 2 vitórias, 2 empates e 21 derrotas
Time-base: Daniel Viteri; De la Cruz, Iván Hurtado, Giovanny Espinoza, Neicer Reasco; Segundo Castillo, Luis Antonio Valencia, Edison Méndez, Cristian Lara; Cristian Benitez e Carlos Tenório.

O Equador esteve presente nas duas últimas Copas. Na última, inclusive, surpreendeu e conseguiu chegar às oitavas-de-finais. Além do bom resultado, os equatorianos apresentaram um grande futebol no Mundial. Mas a má campanha na última Copa América acende um sinal de alerta. O time ainda conta com muitos veteranos e uma renovação já se faz necessária. A altitude de Quito continuará sendo uma arma fundamental para classificação. Em campo, Valencia e Mendez são os principais destaques.

PARAGUAI

Copas disputadas: 7 (1930, 50, 58, 86, 98, 2002 e 2006)
Classificação nas últimas Eliminatórias:
Estádio: Defensores del Chaco (Assunção, 36.000 lugares)
Principal jogador: Roque Santa Cruz
Fique de olho: Jonathan Santana
Técnico: Gerardo Martino
Posição no ranking da Fifa: 31º
Retrospecto contra o Brasil: 3 vitórias, 8 empates e 26 derrotas
Time-base: Justo Villar; Caniza, Paulo da Silva, Julio Cesar Cáceres e Claudio Morel Rodriguez; Víctor Cáceres, Edgar Barreto, Bonet e Cristian Riveros; Nelson Haedo Valdez e Roque Santa Cruz

Até bem pouco tempo atrás, os principais talentos da seleção paraguaia costumavam ser do setor defensivo. Mas essa tendência mudou. Hoje, o técnico Gerardo Martino tem a sua disposição bons atacantes como Roque Santa Cruz, Nelson Haedo Valdéz, Oscar Cardozo e Cabañas. Até para formar uma dupla de ataque titular é difícil, o problema é que o time insiste em jogar defensivamente e, hoje, a defesa não é mais tão boa como na época em que contava com Gamarra.

PERU

Copas disputadas: 4 (1930, 70, 78 e 82)
Classificação nas últimas Eliminatórias:
Estádio: Monumental (Lima, 80.093 lugares)
Principal jogador: Jefferson Farfán
Fique de olho: Paolo Guerrero
Técnico: José del Solar
Posição no ranking da Fifa: 52º
Retrospecto contra o Brasil: 3 vitórias, 8 empates e 26 derrotas
Time-base: León Butrón; Alberto Rodriguez, Galliquio, Acasiete, Walter Vílchez; Juan Vargas, Nolberto Solano, Henry Quinteros, Jose Paolo Guerrero, Claudio Pizarro e Jefferson Farfán.

Distante das Copas desde 1982, o Peru inicia mais uma caminhada em busca do retorno aos mundiais. Tem alguns bons atacantes de relativo sucesso no futebol europeu, como Jeferson Farfan, Claudio Pizarro e Jose Paolo Guerrero, mas a equipe não inspira confiança. Para as duas primeiras partidas, o ex-atacante do Vitória Flavio Maestri foi convocado para substituir Guerrero, contundido. O lateral-esquerdo do Grêmio Martin Hidalgo é outro jogador com ligação com o Brasil na seleção peruana.

URUGUAI

Copas disputadas: 10 (1930, 50, 54, 62, 66, 70, 74, 82, 86, 90 e 2002)
Classificação nas últimas Eliminatórias:
Estádio: Centenário (Montevidéu, 76. 609 lugares)
Principal jogador: Diego Forlan
Fique de olho: Maxi Pereira
Técnico: Óscar Tabarez
Posição no ranking da Fifa: 19º
Retrospecto contra o Brasil: 20 vitórias, 19 empates e 31 derrotas
Time-base: Carini, Maxi Pereira, Lugano, Diego Godín, Jorge Fucile;
Diego Pérez, Pablo García, Cristian Rodríguez; Luis Suárez, Fórlan e Loco Abreu

O Uruguai, bicampeão mundial, já não tem mais a mesma força, mas se engana quem pensa que pode ser considerado um adversário fácil de ser batido. Na Copa América, chegou às semifinais e só foi derrotada nos pênaltis pela Seleção Brasileira.
O excelente momento de Acosta, vice-artilheiro do Brasileiro, leva a acreditar que o ídolo do Náutico deveria ter uma vaga no time titular de Oscar Tabarez, no entanto, ele não é nem convocado. Forlan e Lugano são os destaques. Recoba está ausente.

VENEZUELA

Copas disputadas: Nenhuma
Classificação nas últimas Eliminatórias:
Estádio: Não possui um fixo
Principal jogador: Juan Arango
Fique de olho: Oswaldo Vizcarrondo
Técnico: Richard Páez
Posição no ranking da Fifa: 58º
Retrospecto contra o Brasil: 0 vitórias, 0 empates e 17 derrotas
Time-base: Renny Vega; Luis Vallenilla, José Manuel Rey, Alejandro Cichero, Rojas; Luis Vera, Miguel Mea Vitali, Guerra, Ricardo Páez; Juan Arango e Giancarlo Maldonado.

Algum tempo atrás, enfrentar a Venezuela significava três pontos para o felizardo da rodada. Era também uma boa oportunidade para melhorar o saldo de gols. Hoje, a realidade é outra. A seleção vinotinto continua não sendo um bicho papão, mas a popularidade do futebol no país cresceu assustadoramente e o time já consegue tirar pontos preciosos dos outros países. Tem, inclusive, bons jogadores, como Arango, do Mallorca da Espanha. A questão é se isso pode ser suficiente para conseguir chegar à primeira Copa na história. Ainda parece pouco.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Orkut serve como termômetro de torcidas adversárias do Bahia

Leandro Silva

Assim como o ambiente virtual serve para analisar as opiniões da torcida do Bahia, pode também ser usado para saber as expectativas dos torcedores dos sete adversários no caminho de volta à Série B do Brasileirão.

Se a torcida do Bahia se divide entre os eufóricos com a classificação e os insatisfeitos com o desempenho do time, a bronca da torcida do Atlético Goianiense é contra a escalação de três volantes, principalmente nos jogos em casa.

Na principal comunidade do clube no Orkut, os defensores do técnico Sérgio Alexandre lembram que a equipe está há nove jogos sem perder. Mas seus críticos se apegam aos cinco empates nas últimas seis partidas. O goleiro Márcio, revelado pelo Bahia, é quase unanimidade no Dragão.

Já no Bragantino o clima no ambiente virtual mistura apreensão e confiança. O clube também pode ser chamado de fênix, assim como o Bahia, por ter conseguido a classificação mesmo perdendo as três primeiras partidas da 3ª fase.

Na maior comunidade relacionada ao Braga, com mais de 3.000 pessoas, muitos torcedores acreditam que as classificações dramáticas nas últimas fases podem ser um combustível na etapa final. A apreensão se deve ao fato de estrear contra o ABC com portões fechados, por punição imposta pelo STJD.

O primeiro adversário do Bahia é o Crac. Na maior comunidade do Orkut relacionada ao clube de Catalão, com pouco mais de 1.700 pessoas, torcedores se mostram empolgados com a melhor campanha da 3ª fase. E, assim como nas comunidades de todos os outros times, há quem acredite que uma das vagas será do Bahia, pela tradição e suposta ajuda da CBF. Entre os jogadores, o goleiro Dênis é muito elogiado.

Túlio – Na comunidade do Vila Nova, com mais de 7.600 pessoas, chegam a se referir ao Bahia como "Bah-juiz-ia". Alguns torcedores mostram-se preocupados com a busca do atacante Túlio pelo gol de número 800 da carreira. Essa obsessão poderia prejudicar o clube na reta final da Série C. A exemplo de Nonato, seu rival na briga pela artilharia, Túlio, também divide a torcida goiana.

Outra preocupação de alguns torcedores do Vila é quanto à possibilidade do Crac continuar jogando em Catalão. Segundo os internautas, os jogos na cidade costumam ter muita violência.

A torcida do ABC, na maior comunidade do clube, com mais de 13.600 pessoas, está na bronca pela ajuda à classificação do Bahia. Mas estão todos eufóricos com o time potiguar.

A maior preocupação dos torcedores do Nacional é com a impossibilidade de jogar em Patos. O clube deve mandar seus jogos no estádio Amigão, em Campina Grande. Já na comunidade do Barras, do Piauí, o maior tema também é relacionado ao mando de campo. O time piauiense deve jogar na capital Teresina e alguns torcedores de River e Flamengo prometem apoio rumo à Série B.

Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 10/10/2007

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Conheça os adversários do Bahia no Octogonal Final da Série C

Leandro Silva

ABC FUTEBOL CLUBE

Fundação: 29 de junho de 1915
Estádio: "Frasqueirão" - 16 mil espectadores
Apelido: O Mais Querido
Títulos: 49 Estaduais, o último neste ano
Site: www.abcfc.com.br
Ranking da CBF: 57º
Origem: O primeiro clube de futebol do Rio Grande do Norte nasceu numa reunião entre jovens da alta sociedade potiguar. As três letras representam as iniciais dos países sul-americanos Argentina, Brasil e Chile, que assinaram naquela época um tratado de amizade fraternal.
Velhos conhecidos: Bruno Lourenço (ex-Bahia), Juninho Petrolina (ex-Vitória)
Curiosidade: O ABC gaba-se de ter o recorde mundial de maior excursão de uma equipe ao exterior. Foram 102 dias de peregrinação por Europa e África, em 1973.
É também do ABC o recorde nacional de títulos estaduais.

Time base: Raniere, Bruno Lourenço, Alan, Ben-Hur; Nêgo, Adelmo, Jean, Juninho Petrolina e Rogerinho; Fábio Silva e Wallyson.
Técnico: Ferdinando Teixeira.

CAMPANHA 38 pontos (12 vitórias, 2 empates e 4 derrotas)
1ª fase
Atlético/PB 1x0 ABC
ABC 4x0 Vera Cruz/PE
ABC 2x1 Central/PE
Central 4x4 ABC
Vera Cruz/PE 0x1 ABC
ABC 2x0 Atlético/PB
2ª fase
Confiança/SE 2x1 ABC
ABC 2x1 Porto/PE
ABC 2x0 Coruripe
Coruripe/AL 4x1 ABC
Porto/PE 0x1 ABC
ABC 1x0 Confiança/SE
3ª fase
ABC 2x0 Rio Branco/AC
Bahia 2x0 ABC
Fast 2x3 ABC
ABC 1x0 Fast
ABC 2x1 Bahia
Rio Branco/AC 0x0 ABC

Crac – Clube Recreativo e Atlético Catalão

Fundação: 13 de julho de 1931
Estádio: Genervino da Fonseca (talvez não possa ser utilizado)
Apelido: Leão do Sul
Títulos: Bicampeão goiano (1967 e 2004) campeão da 2ª Divisão estadual 4 vezes: 1965, 1986, 2001, 2003
Site: www.portalcatalao.com.br/sites/cracnet/home
Ranking da CBF: 219º
Origem: É o clube mais antigo de Goiás. Foi fundado em 13 de julho de 1931 para representar Catalão nas competições regionais. Disputava, principalmente, torneios com equipes das cidades de Araguari, Uberlândia e Uberaba.
Velhos Conhecidos: Laerte (ex-Bahia)
Curiosidade: No começo da história do clube, para se manter, a diretoria contava com a ajuda da torcida. Depois da criação de uma loteria que continha 5 jogos, quem acertasse mais resultados passava na “Construtora” do diretor Osires Pimentel Ulhôa e pegava um prêmio.

Time base: Dênis; Dedé, Renato, Laerte, e Luiz Cláudio; Beto, Jackson, Marcinho Mossoró e Ronildo; Tico Mineiro e Danilo Santos.
Técnico: Vladimir Araújo.

CAMPANHA: 34 pontos ( 10 vitórias, 4 empates e 4 derrotas)
1ª fase
Crac/GO 2x0 Cacerense/MT
Atlético/GO 2x0 Crac/GO
Crac/GO 2x0 Ceilândia/DF
Ceilândia/DF 3x2 CRAC/GO
CRAC/GO 1x0 Atlético/GO
Cacerense/MT 2x0 Crac
2ª fase
Crac/GO 3x0 Rio Claro/SP
Vila Nova/GO 1x3 Crac/GO
Crac/GO 0x0 Guarani
Guarani 0x0 Crac/GO
Crac/GO 1x0 Vila Nova/GO
Rio Claro/SP 2x0 Crac/GO
3ª fase
Bragantino 1x2 Crac/GO
Crac/GO 1x1 América/RJ
ULBRA 0x1 Crac/GO
Crac/GO 3x2 ULBRA
América/RJ 0x5 Crac/GO
Crac/GO 0x0 Bragantino


Clube Atlético Bragantino

Fundação:
08 Janeiro 1928
Estádio: Marcelo Stéfani. Capacidade de 16.119 pessoas
Apelido: Braga ou Massa Bruta
Títulos: Campeão Brasileiro da Segunda Divisão 1989, Campeão Paulista 1989
Campeão Paulista da Segunda Divisão 1965 e 1988
Site: www.urbo.com.br/bragantino (não oficial)
Ranking da CBF: 41º
Origem: Foi criado por formadores de um outro clube: o Bragança Futebol Clube
Velhos conhecidos: Valdir Papel (ex-Vitória)
Curiosidade: Disputou as quartas-de-finais do Campeonato Brasileiro da primeira divisão de 1990 contra o Bahia e foi eliminado pelo Tricolor.

Time base: Gléguer; Somália, Cris, Tiago Vieira, Wanderley e Paulinho;
Mário, César Gaúcho e André Gaspar; Valdir Papel e Davi
Técnico: Marcelo Veiga.

CAMPANHA: 29 pontos ( 9 vitórias, 2 empates e 7 derrotas)
1ª fase
CENE 1x0 Bragantino
Bragantino 4x1 Sertãozinho
Águia Negra 0x0 Bragantino
Bragantino 2x0 Águia Negra
Sertãozinho 1x2 Bragantino
Bragantino 2x0 CENE
2ª fase
Esportivo 1x0 Bragantino
Bragantino 1x0 Democrata
Roma 1x2 Bragantino
Bragantino 0x1 Roma
Democrata 5x3 Bragantino
Bragantino 2x1 Esportivo
3ª fase
Bragantino 1x2 Crac
Ulbra 1x0 Bragantino
América/RJ 2x1 Bragantino
Bragantino 3x2 América/RJ
Bragantino 2x0 Ulbra
Crac 0x0 Bragantino


Vila Nova/GO

Fundação: 29 de julho de 1943
Estádio: Serra Dourada
Apelido: Tigrão
Títulos: Campeão Brasileiro da Série C de 1996. Campeão goiano 15 vezes
Site: www.vilanova.esp.br/home/
Ranking da CBF: 45º
Origem: O Vila Nova foi fundado pelo coronel Francisco Ferraz de Lima, com a água benta do padre José Balestière e recebeu o nome por causa do bairro de Vila Nova. Ainda em 1943, foi inscrito na Federação Goiana.
Velhos conhecidos: Possatto (ex-Bahia), Alex Oliveira (ex-Bahia), Juninho Cearense (ex-Bahia), Túlio Maravilha (ex-Vitória), Xavier (ex-Vitória), Élvis (ex-Vitória)
Curiosidade: Já mudou de nome 4 vezes. Começou como Vila Nova, passou a se chamar Operário, depois Araguaia e posteriormente Fênix Futebol Clube. Por fim, voltou a se chamar Vila Nova

Time base: Fabiano Borges; Michel, Henrique, Vitor e Xavier; Álisson, Heleno, Élvis e Alex Oliveira; Juninho Cearense e Túlio Maravilha.
Técnico: Artur Neto

CAMPANHA: 34 pontos (10 vitórias, 4 empates e 4 derrotas)
1ª fase
Jaciara 0x1 Vila Nova
Vila Nova 2x0 Itumbiara
Esportivo/DF 1x2 Vila Nova
Vila Nova 4x0 Esportivo/DF
Itumbiara 2x1 Vila Nova
Vila Nova 2x2 Jaciara
2ª fase
Guarani 2x1 Vila Nova
Vila Nova 1x3 Crac
Rio Claro 0x2 Vila Nova
Vila Nova 4x3 Rio Claro
Crac 1x0 Vila Nova
Vila Nova 1x0 Guarani
3ª fase
Vila Nova 2x1 Esportivo
Atlético/GO 0x0 Vila Nova
Vila Nova 4x2 Villa Nova/MG
Villa Nova/MG 0x1 Vila Nova
Vila Nova 2x2 Atlético/GO
Esportivo 2x2 Vila Nova


Atlético Goianiense

Fundação: 02 de Abril de 1937
Estádio: Antônio Accioly
Apelido: Dragão
Títulos: Campeão Brasileiro da Terceira Divisão 1990
Campeão Goiano 1944, 1947, 1949, 1955, 1957, 1964, 1970, 1985, 1988 e 2007
Site: www.atleticogoianiense.com.br
Ranking da CBF: 58º
Velhos Conhecidos: Márcio (ex-Bahia), Jair (ex-Bahia), Capixaba (ex-Bahia e Vitória), Rivaldo (ex-Bahia)
Curiosidades: O estádio do clube foi demolido para a construção de um shopping, mas alguns torcedores conseguiram paralisar a obra e reconstruíram o estádio.

Time-base: Márcio; Dida, Jairo, Rafael e Maicon; Pituca, Robston, Claudinho Baiano e Anailson; Rivaldo e Marquinhos.
Técnico: Sérgio Alexandre

CAMPANHA: 33 pontos ( 9 vitórias, 6 empates e 3 derrotas)
1ª fase
Ceilândia/DF 0x1 Atlético/GO
Atlético/GO 2x0 Crac/GO
Cacerense/MT 2x1 Atlético/GO
Atlético/GO 2x1 Cacerense/MT
CRAC/GO 1x0 Atlético/GO
Atlético/GO 2x0 Ceilândia
2ª fase
Volta Redonda 1x1 Atlético/GO
Atlético/GO 2x0 Itumbiara
América/RJ 3x0 Atlético/GO
Atlético/GO 2x0 América/RJ
Itumbiara 0x1 Atlético/GO
Atlético/GO 2x1 Volta Redonda
3ª fase
Villa Nova/MG 0x0 Atlético/GO
Atlético/GO 0x0 Vila Nova/GO
Esportivo/RS 2x2 Atlético/GO
Atlético/GO 5x0 Esportivo/RS
Vila Nova/GO 2x2 Atlético/GO
Atlético/GO 1x1 Villa Nova/MG


Nacional/PB

Fundação: 23 de dezembro de 1961
Estádio: José Cavalcanti, mas deverá mandar os jogos no Ernani Sátiro, em Campina Grande
Apelido: Canarinho do Sertão
Títulos: Campeão paraibano 2007
Site: Não tem
Ranking da CBF: 250º
Origem: Foi fundado por funcionários federais.Principalmente, dos Correios e Telégrafos.
Velhos Conhecidos: Não tem
Curiosidades: As cores do clube eram o verde e amarelo. Hoje, o amarelo já foi substituído pelo branco.

Time Base: Dida; Dinho, Nunes, Wescley e Buik; Rogerinho, Tazinho, Raminho e Marquinhos; Paulinho Guerreiro e Junior Ferrim.
Técnico: Maurício Simões

CAMPANHA: 32 pontos ( 10 vitórias, 2 empates e 6 derrotas)
1ª fase
Potiguar 1x1 Nacional/PB
Nacional/PB 1x0 Porto
Icasa 0x1 Nacional/PB
Nacional/PB 1x2 Icasa
Porto 0x1 Nacional/PB
Nacional/PB 3x3 Potiguar
2ª fase
Linhares 0x2 Nacional/PB
Nacional/PB 2x1 Atlético/PB
Bahia 2x0 Nacional/PB
Nacional/PB 2x1 Bahia
Atlético/PB 3x0 Nacional/PB
Nacional/PB 2x1 Linhares
3ª fase
Nacional/PB 2x3 Barras
Coruripe 1x2 Nacional/PB
Tuna Luso 3x0 Nacional/PB
Nacional/PB 3x1 Tuna Luso
Nacional/PB 2x1 Coruripe
Barras 3x2 Nacional/PB


Barras/PI
Fundação:
13 de setembro de 2004
Estádio: Juca Fortes, mas deverá mandar os jogos no Alberto Silva, em Teresina
Apelido: Leão de Maratoan
Títulos: Campeão da 2ª divisão piauiense em 2005
Site: www.barrasfutebolclube.com.br
Ranking da CBF: Não está presente
Origem: Foi fundado pelos desportistas os desportistas Francisco das Chagas Rêgo Damasceno, Paulo Afonso Silva, Robert Brow Carcará e Luiz Gongaza e Silva.
Velhos Conhecidos: Pantico (ex-Vitória)
Curiosidades: Tem as mesmas cores do Bahia. Elas são as cores da bandeira da cidade de Barras, também conhecida como Terra dos Governadores.

Time Base: Isaías; Niel, Serginho, Laércio e Leandro; Montanha, Luciano, Didi Potiguar e Antônio Carlos; Joniel e Pantico.
Técnico: Flávio Araújo

CAMPANHA: 35 pontos ( 10 vitórias, 5 empates e 3 derrotas)
1ª fase
Barras 2x0 Sampaio Corrêa
Ríver 0x0 Barras
Barras 0x3 Itapipoca
Itapipoca 1x2 Barras
Barras 4x0 Ríver
Sampaio Corrêa 1x1 Barras
2ª fase
Fast Club 1x1 Barras
Barras 3x0 Ananindeua
Barras 2x1 Nacional/AM
Nacional/AM 1x2 Barras
Ananindeua 2x1 Barras
Barras 0x0 Fast Club
3ª fase
Nacional/PB 2x3 Barras
Coruripe 2x0 Barras
Barras 4x0 Tuna Luso
Barras 2x1 Coruripe
Tuna Luso 2x2 Barras
Barras 3x2 Nacional/PB

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Charles, o Anjo 50, e a explosão de felicidade tricolor


Leandro Silva

Depois de uma semana sufocante, o êxtase. Depois da derrota para o ABC, em Natal, na última quarta-feira, muita gente "jogou a toalha" e já não acreditava na classificação do Bahia para o octogonal final da Série C. A revolta da torcida com a desclassificação que batia à porta do Esquadrão de Aço fazia com que a bela campanha do clube na competição, até ali, fosse esquecida.

O público de 8 mil pessoas presentes à Fonte Nova, para ver Bahia e Fast Club, foi pouco para a torcida tricolor, mas parece que houve uma seleção. Só foi ao estádio quem parecia acreditar que a Estrela do Bahia voltaria a brilhar. A torcida deu um show. Apoiou do início ao fim e, inteligentemente, deixaria para protestar depois da partida, caso acontecesse a eliminação.

O nervosismo da situação acabava com as unhas e o ar dos torcedores e parecia pesar 10 quilos nas pernas dos jogadores do Bahia. A primeira explosão dos torcedores aconteceu com a perda de um pênalti do Rio Branco, bem longe, lá no Acre. Quem estava em campo e viu a reação da torcida, com certeza, deve ter imaginado um gol do ABC.

No primeiro tempo, Danilo Gomes era quem conseguia criar algumas situações perigosas. A lentidão de Cléber parecia atrapalhar os planos dos fanáticos tricolores. No segundo tempo, as esperanças se renovaram com a entrada de Inho Baiano em lugar do camisa 10.

Em compensação, Danilo cansou e não conseguiu mais repetir a atuação do primeiro tempo. Deu lugar a Charles. O Bahia tentava de todo jeito furar o bloqueio do Fast e aumentava a tensão. As rádios já anunciavam o final de Rio Branco e ABC em 0 a 0. Bastava um gol ao Bahia.

Foi aí que o destino quis que Charles, que ficou marcado pelas lágrimas flagradas após a derrota para o ABC, fosse o responsável por devolver a alegria aos torcedores do Bahia. E que alegria. Carlos Alberto foi ao fundo e cruzou na medida, sem goleiro, para Charles, aos 50 minutos, empurrar para o fundo das redes. Aí foi só comemorar, e muito, a vaga entre os oito melhores da Série C. Os torcedores abraçavam uns aos outros como se agradecessem a cumplicidade na crença da salvação tricolor.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Segunda Rodada da Liga dos Campeões

Leandro Silva

Liverpool 0x1 Olympique de Marselha

Na minha opinião, foi a maior zebra da rodada. Não esperava um jogo fácil para o Liverpool, mas achava que a vitória inglesa aconteceria. Depois de um empate fora de casa e uma derrota dentro, a situação do Liverpool começa a se complicar. Por outro lado, o time francês depois de duas vitórias fica em ótima situação para seguir na competição. Valbuena, com um golaço, fez valer a vitória francesa.

Veja o gol de Valbuena: http://br.youtube.com/watch?v=RGqVFoWSLYY

Besiktas 0x1 Porto

Grande resultado para os portugueses, com um gol solitário do craque do time, o meia-atacante Ricardo Quaresma. O Besiktas de Ricardinho está dentro das expectativas de ser o quarto colocado no grupo.

Veja os melhores momentos da partida: http://br.youtube.com/watch?v=xAgmCYqg65g

Valencia 1x2 Chelsea

O Valencia deu a impressão de que iria conseguir complicar de vez a situação do Chelsea depois do gol de David Villa. Mas, após um gol contra, permitiu a virada com Drogba. Acredito que serão esses os dois classificados do grupo.

Rosenborg 0x2 Schalke 04

Depois de atrapalhar a vida do Chelsea fora de casa, criou-se uma expectativa para a segunda partida do time norueguês contra o Schalke 04. A vitória alemã acabou sendo normal e mostra que o resultado que derrubou Mourinho do Chelsea foi realmente um acidente de percurso.

Veja os melhores lances de Valencia x Chelsea e Rosenborg x Schalke:
http://www.youtube.com/watch?v=0F3zw_k2k_g

Lazio 2x2 Real Madrid

No jogo de dois matadores, ficou tudo igual. Dois para o artilheiro da Liga dos Campeões, Nistelrooy, e dois para o macedônio Pandev. O jogo foi muito movimentado e disputado e em minha opinião o resultado foi merecido por ambas equipes.