Com o pé direito - Santos 1x3 Bahia

Três gols marcados com o pé direito garantiram o triunfo do Bahia sobre o Santos, em plena Vila Belmiro. Nada de anormal, considerando que o time contou apenas com três jogadores canhotos - Titi, Jussandro e Hélder - entre os 14 que foram utilizados. Hélder bem que tentou mudar a história do jogo, no primeiro tempo, quando o Bahia já levava 1 a 0, com gol de André, e mandou um chutaço, que parou no travessão, depois de desvio do goleiro Rafael. 

Foi só no segundo tempo, que Souza matou no peito e chutou forte, de pé direito para empatar o jogo. Depois, Hélder e Neto se posicionaram para cobrança de falta que teria tudo para ser perigosa, mas era tanto tempo sem fazer um golzinho de falta, que a torcida do Bahia nem estava mais se animando com essas oportunidades. a posição parecia favorecer a cobrança de Hélder, por ser canhoto, mas Neto mandou, com o pé direito, para surpreender Rafael e fazer um golaço. 

Em seu terceiro jogo no Bahia, o lateral jogou bem e, além de acabar com o jejum de gols de falta, ajudou a fechar o lado por onde Neymar joga e ainda colaborou com o fim de um tabu de 11 anos sem vencer o alvinegro praiano, ao esticar uma ótima bola para Mancini, que saiu do banco, com o placar de 2 a 1 para fazer sua melhor partida no tricolor. Ele arrancou pela direita, cruzou muito bem para Zé Roberto que se atrapalhou com a bola, que sobrou para Souza. O centroavante, então, ajeitou para Gabriel, que fez um golaço de fora da área, também com o pé direito. 

O título deste post, entretanto, não tem a ver com os pés direitos de Souza, Neto e Gabriel, mas sim com a estreia "com o pé direito" do treinador Jorginho. Pode-se até argumentar que ele nem treinou a equipe, mas na escalação e, com certeza, com suas palavras, conseguiu transformar a atitude do time, que foi vibrante o tempo inteiro. E alguém já disse que "ninguém nos vence em vibração". Que ele consiga também com os treinamentos devolver a confiança que estava abalada neste grupo. Esse é o Bahêa!

Santos 1x3 Bahia - André - Souza, Neto e Gabriel

Santos: Rafael Cabral, Bruno Peres, Bruno Rodrigo, Durval e Juan; Arouca, Adriano (Bill), Patito Rodriguez (Felipe Anderson) e Paulo Henrique Ganso; Neymar e André (Victor Andrade).

Bahia: Omar, Neto, Danny Morais, Titi e Jussandro; Fahel, Diones e Hélder (Mancini); Zé Roberto (Caio) e Gabriel; Souza (Lucas Fonseca). 

Disparando - Vitória 1x0 Barueri

O triunfo do líder Vitória sobre o lanterna Barueri era mais do que esperado. O 1 a 0 foi até muito menos do que se esperava do Leão, mas a melhor notícia da noite para a torcida do rubro-negro foi a derrota do Criciúma para o Guaratinguetá. Com isso, o time catarinense ficou com os mesmos 42 pontos, cinco atrás do time baiano, que começa a disparar na briga pelo título. A diferença para o quinto colocado já chegou a 13 pontos, pois o São Caetano foi goleado pelo Asa, por 4 a 1.

O rubro-negro chegou ao triunfo com um gol do volante Michel já no segundo tempo. No primeiro, Fernando, ex-arqueiro do Bahia e do Vitória, defendeu pênalti cobrado por Pedro Ken e segurou o empate. O time paulista chegou a assustar o time baiano no primeiro tempo. Depois do intervalo, o Vitória mostrou que era melhor, mas fez apenas o necessário para garantir os três pontos.

Vitória 1x0 Barueri - Michel

Vitória: Deola, Nino Paraíba (Rodrigo Costa), Victor Ramos, Gabriel Paulista e Gilson; Uelliton, Michel (Fernando Bob), Pedro Ken e Willie (Tartá); Elton e William.

Barueri: Fernando Leal, Anderson Sales, Alex Lima, André Luís;  Roger (Marcos Pimentel), Alê, Dionísio, Marcelinho Paraíba e Márcio Pit; Rafael Chorão (Tadeu) e Henrique Dias (Roninho).

Sem o dever de casa - Bahia 1x1 Atlético Goianiense

O Bahia conseguiu terminar o primeiro turno fora da zona de rebaixamento, mas deixou a torcida na bronca ao ceder o empate, em 1 a 1, contra o Atlético Goianiense, em Pituaçu. Em todo o primeiro turno, o tricolor venceu apenas uma vez em seus domínios - contra o Sport - e tem o retrospecto como mandante inferior aos das campanhas em que caiu para a segunda divisão, em 1997 e 2003. Uma recuperação no campeonato passa, obrigatoriamente por uma melhora no desempenho dentro de casa. 

A escalação inicial do Bahia parecia promissora e o time começou bem a partida. Partiu para cima e chegou ao gol logo cedo com Fabinho desviando ótimo cruzamento de Caio. O meia Caio, inclusive, foi um dos responsáveis por uma mudança na equipe, pois estava substituindo Mancini. A entrada de Jussandro, lateral de ofício, também deixou o time mais leve. No entanto, novamente a equipe parece ter cansado cedo e passou a apenas se defender, até sofrer o gol do empate em cabeçada de Diogo Campos. 

Bahia 1x1 Atlético Goianiense - Fabinho - Diogo Campos

Bahia: Marcelo Lomba, Neto, Danny Morais, Titi e Jussandro (Victor Lemos); Fabinho, Fahel, Caio (Cláudio Pitbull), Zé Roberto (Jefferson); Gabriel e Souza.

Atlético Goianiense: Márcio, Marcos, Gustavo, Reniê e Eron; Dodó (Pituca), Marino, Joilson (Ricardo Bueno) e Ernandes; Wesley (Diogo Campos) e Patric.

Impressionante - Ceará 1x3 Vitória

A campanha do Vitória é impressionante. Já foi a melhor de uma equipe no primeiro turno da Série B em pontos corridos. Chama a atenção também a naturalidade com que o rubro-negro baiano vence seus adversários em seus domínios. Contra o Ceará, que tem uma torcida que empurra a equipe, um gol sofrido poderia fazer desandar o Leão. O que veio após, entretanto, foi a virada, com gols de William, Pedro Ken e Élton.

E a saída de Neto Baiano, definitivamente, não vem atrapalhando o rubro-negro, afinal William e Elton não estão deixando os gramados antes de balançarem as redes. Ao invés de um centroavante artilheiro, o Vitória agora tem dois. O ceará até tentou pressionar o time baiano, mas os contra-ataques do Leão eram fatais. Com o resultado de 3 a 1, o Vitória retomou a liderança da Série B.

Ceará 1x3 Vitória - Mota - William, Pedro Ken e Élton
Ceará: Fernando Henrique, Paulo Sérgio, Thiego, Daniel Marques e Márcio Careca; Heleno, João Marcos (Robert), Juca (Magno) e Bruninho (Robston); Mota e Itamar.

Vitória: Deola, Nino Paraíba, Victor Ramos, Gabriel Paulista e Gilson; Michel, Uelliton (Rodrigo Mancha), Pedro Ken e Willie (Rodrigo Costa); Elton (Tartá) e William.

Bomba devastadora - Náutico 1x0 Bahia

O Bahia não jogava bem, mas também não deixava o Náutico gostar do jogo. Um empate nos Aflitos depois de um triunfo, também fora de casa, contra a Ponte Preta não seria ruim, mesmo nas condições atuais do tricolor. O Náutico chegou a dar mostras de que já estava satisfeito com o empate sem gols, pois o técnico Gallo fazia até substituição depois dos 40 minutos para ganhar tempo, mas aí veio o chutaço de Martinez, que tirou um ponto do Bahia e deu mais dois a um adversário direto pela permanência na elite. O placar de 1 a 0 aumentava a agonia do time baiano na Série A.

O goleiro Gideão não foi muito exigido. Mesmo assim, foi decisivo para o triunfo do time pernambucano, pois fez uma excelente defesa em cabeçada de Fahel. O Náutico teve algumas boas chances e levava perigo principalmente com as jogadas do veloz Rhayner, mas esbarrava na marcação tricolor. A marcação vacilou justamente no lance que decidiu o jogo, por permitir que Martinez, cujo ponto forte é saber chutar bem de fora da área, tivesse muita liberdade para caprichar no chute e tirar o zero do placar. 

Náutico 1x0 Bahia - Martinez
Náutico: Gideão, Alessandro, Marlon, Jean Rolt e Douglas Santos; Dadá, Martinez, Rogerinho (Lúcio) e Rhayner; Araújo e Kim (Rico).

Bahia: Marcelo Lomba, Neto, Danny Morais, Titi e Hélder (Lulinha); Fabinho (Diones), Fahel, Victor Lemos e Mancini (Ciro); Gabriel e Souza.

Doce rotina rubro-negra - Vitória 2x1 Joinville

O Vitória jogou mal. Fez um dos seus piores jogos na fase recente da Série B. No entanto, venceu, por 2 a 1, um dos adversários diretos pelo acesso,o Joinville. E a doce rotina de triunfos rubro-negros continua dando a impressão de que a volta à Série A é só questão de cumprir formalidades com a tabela. Para completar, mais uma cena rotineira: os atacantes do rubro-negro fazendo gols. William, que já tinha marcado dois no jogo passado, fez mais um, enquanto o baiano Élton estreou fazendo o seu primeiro. 

O rubro-negro, mais uma vez, abriu o placar logo cedo, quando, aos 13 minutos, William aproveitou rebote de chute de Uelliton e estufou as redes do Barradão. As coisas ficaram ainda mais tranquilas quando, aos 25 minutos, o zagueiro Pedro Paulo foi expulso e deixou os catarinenses com um jogador a menos. O time baiano aproveitou a vantagem de jogar com um a mais para ampliar cinco minutos depois com o estreante Élton aproveitando cruzamento de Nino Paraíba. Prenúncio de goleada que não se concretizou. Aos 42 minutos, de pênalti, Ricardinho diminuiu. O Leão caiu muito no segundo tempo e chegou a tomar sufoco. Novamente, aos 42 minutos, Leandro Carvalho teve uma chance clara de empatar, mas Deola salvou.. O Vitória assumiu a liderança provisória e seca o Criciúma para se efetivar como líder.

Vitória 2x1 Joinville - William, Élton - Ricardinho

Vitória: Deola, Nino Paraíba, Victor Ramos, Gabriel Paulista e Gílson; Uelliton, Michel, Pedro Ken (Arthur Maia) e Willie; William e Elton.

Joinville: Ivan; Eduardo, Pedro Paulo, Diego Jussani e Gilton; Leandro Carvalho, Glaydson, Ricardinho (William) e Tiago Real; Marcinho e Jean Carlos (Aldair)

Dupla afiada - Ponte Preta 0x2 Bahia

Um dos fatores que trouxe otimismo para a torcida do Bahia antes do jogo contra a Ponte Preta foi o retorno da dupla Gabriel e Souza. O primeiro é o garçom da temporada e o segundo, o goleador, mas logo no início do jogo eles embaralharam as funções para justificar a esperança: Souza deu um ótimo lançamento e Gabriel finalizou com perfeição para abrir o placar. E o triunfo importantíssimo foi confirmado quando Souza fez o que mais sabe: gol. Recebeu passe de Lulinha, em mais uma ótima entrada no decorrer dos jogos (que seja utilizado sempre dessa maneira), e fechou o placar em 2 a 0. 

Além do bom desempenho da dupla ofensiva, o Bahia mostrou outras virtudes, que dão um pouco mais de esperança com relação à qualidade do elenco. A equipe atuou com uma dupla de zaga reserva e não sofreu gol, embora tenha sofrido pressão. Lucas Fonseca e Alysson não comprometeram, mesmo parecendo que estavam dividindo as mesmas jogadas por diversas vezes. O primeiro, inclusive, poderia ser promovido a titular, formando dupla com Titi. O volante Victor Lemos, que também estreou, pode ser um bom parceiro para Fahel na proteção à zaga. Quem ficou devendo, mais uma vez, foi o camisa 10 Mancini, que permaneceu em campo até o final do jogo.

Ponte Preta 0x2 Bahia - Gabriel e Souza

Ponte Preta: Edson Bastos, Gerônimo (André Luis), Tiago Alves, Diego Sacoman e Uendel; Baraka, Somália (Giancarlo), Cicinho e Marcinho (Nikão); Caio e Roger. 

Bahia: Marcelo Lomba, Diones, Alysson (Dudu), Lucas Fonseca e Hélder; Fabinho, Victor Lemos, Mancini e Zé Roberto (Caio César); Gabriel (Lulinha) e Souza.

Quase líder - Vitória 2x0 Guaratinguetá

Se existia alguma preocupação no Vitória por causa da saída do atacante Neto Baiano, o substituto William tratou de desfazê-la em 40 minutos, com os dois gols do triunfo, por 2 a 0, contra o Guaratinguetá, que quase deixou o rubro-negro na liderança da Série B. O time baiano só permaneceu na segunda colocação, pois o Criciúma conseguiu uma virada inacreditável para cima do América de Natal, por 4 a 3, quando perdia por 3 a 1 já no final da partida. Por isso, o time catarinense manteve a primeira posição.

Vitória 2x0 Guaratinguetá - William (2)
Vitória: Douglas, Nino Paraíba, Victor Ramos, Gabriel Paulista e Gilson; Ueliton (Fernando Bob), Michel, Pedro Ken (Marquinhos) e Leílson (Tartá); Willie e William.

Guaratinguetá: César, Fábio Braz, Marquinhos e Filipe (Vinícius); Marlon, Jairo, Bruno Formigoni, Leandrinho e Lenílson (Keninha) e Jefferson (Danilo Gomes); Alemão.

Desempenho do Bahia em casa é pior do que nas campanhas de rebaixamento

Em 2003, quando o Bahia caiu pela segunda vez para a Série B, chegou a levar 7 a 0 do Cruzeiro, de Alex, ou 7 a 4 do Santos, de Robinho, mas, ainda assim, teve desempenho como mandante superior ao do clube na atual edição do Campeonato Brasileiro. Com apenas 29,62% dos pontos disputados em Pituaçu nesta Série A, fruto de um triunfo, seis empates e três derrotas, o tricolor tem aproveitamento inferior àqueles dos anos em que foi rebaixado, em 1997 e 2003.

Em 1997, o Bahia terminou a competição com 51,28% de aproveitamento de pontos na Fonte Nova. Depois de nove jogos em casa, para igualar o número de partidas de agora, o aproveitamento era de 59,25%. Já em 2003, também na Fonte Nova, o Bahia teve 56,52% dos pontos ganhos. No nono jogo como mandante o aproveitamento era de 70,37% dos pontos.

Por isso, ao contrário das campanhas de 1997 e 2003, quando o desempenho em casa piorou após a nona partida, o Bahia precisa melhorar muito nos próximos 10 confrontos em Pituaçu para conseguir a permanência na elite. 

Campanha como mandante em 2012

29,62%

1 vitória 5 empates e 3 derrotas

Bahia 0x0 Santos        

Bahia 1x2 Vasco        

Bahia 2x1 Sport          

Bahia 1x1 Internacional           

Bahia 1x2 Flamengo   

Bahia 2x2 Coritiba      

Bahia 0x0 Corinthians 

Bahia 0x0 Portuguesa 

Bahia 0x1 Cruzeiro      

Campanha como mandante em 2003

56,52%

11 vitórias 6 empates e 6 derrotas

Até a nona partida como mandante: 70,37% 6 vitórias 1 empate e 2 derrotas

Bahia 1x2 Flamengo

Bahia 3x1 Juventude

Bahia 2x4 Atlético/MG

Bahia 2x1 Grêmio

Bahia 2x0 Paysandu

Bahia 2x1 Goiás

Bahia 2x1 Vitória

Bahia 2x2 Coritiba

Bahia 2x0 Guarani

Bahia 0x0 São Caetano

Bahia 0x0 Corinthians

Bahia 2x2 Criciúma

Bahia 1x0 Fortaleza

Bahia 1x3 Internacional

Bahia 4x2 Paraná

Bahia 3x0 Vasco

Bahia 1x1 Figueirense 

Bahia 3x0 São Paulo   

Bahia 4x7 Santos        

Bahia 2x2 Fluminense 

Bahia 1x0 Ponte Preta

Bahia 0x2 Atlético/PR 

Bahia 0x7 Cruzeiro      

Campanha como mandante em 1997

51,28%

5 vitórias 5 empates e 3 derrotas

Até a nona partida como mandante: 59,25% 4 vitórias 4 empates e 1 derrota

Bahia 1x0 Flamengo   

Bahia 1x1 Coritiba      

Bahia 3x3 Vitória        

Bahia 1x1 Guarani      

Bahia 3x1 São Paulo   

Bahia 3x3 Fluminense 

Bahia 1x2 Corinthians 

Bahia 2x1 Paraná        

Bahia 4x2 Uniâo São João      

Bahia 3x1 Goiás         

Bahia 0x2 Atlético Mineiro     

Bahia 1x4 Internacional           

Bahia 0x0 Juventude

Colecionando vexames - Bahia 0x1 Cruzeiro

O Bahia fez o seu nono jogo como mandante na Série A de 2012 e conseguiu vencer apenas uma vez. A derrota para o Cruzeiro, por 1 a 0, foi a terceira em Pituaçu. Outros cinco times conseguiram levar um ponto da capital baiana. Apenas o Sport voltou sem ter o que comemorar. A coleção de vexames do tricolor neste Brasileiro aumentou em um jogo em que, se não atuou tão bem, ainda pareceu superior ao adversário, mas, mais uma vez, esbarrou na falta de objetividade e de pontaria. E o Bahia continua na zona de rebaixamento.

O gol do Cruzeiro saiu com menos de 10 minutos de jogo. Diones vacilou e rebateu um cruzamento feito pelo lateral Ceará para a entrada da área. A bola caiu justamente nos pés do melhor jogador do time mineiro, o argentino Walter Montillo, que chutou, sem chances para Lomba. Depois disso, o Bahia teve o domínio do jogo, mas ficou devendo outra vez pela falta de qualidade ou pela ausência de finalizações. 

De positivo, apenas as entradas de Gil Bahia e de Caio na partida. O lateral, que substituiu Diones, foi o melhor tricolor em campo e deveria ganhar a posição de titular. Se nas outras partidas, ele mostrou mais qualidades defensivas do que ofensivas, embora tenha transparecido afobação, dessa vez, bagunçou o lado esquerdo da defesa cruzeirense com os constantes avanços. Ainda serviu como parceiro de Gabriel. O estreante Caio teve pouco tempo em campo, mas mostrou mais qualidades do que Mancini, que ficou os 90 minutos. Contra a Ponte, já deveria começar como titular no lugar do camisa 10. 

Bahia 0x1 Cruzeiro - Montillo

Bahia: Marcelo Lomba, Diones (Gil Bahia), Danny Morais, Titi e Hélder; Fahel, Fabinho (Lulinha), Mancini e Zé Roberto; Gabriel e Rafael Gladiador (Caio). 

Cruzeiro: Fábio, Ceará (Diego Renan), Léo, Thiago Carvalho e Marcelo Oliveira; Leandro Guerreiro, Lucas Silva, Charles e Montillo (Souza); Wellington Paulista e Borges (Anselmo Ramon).

Superação - América/MG 1x2 Vitória

O primeiro turno da Série B de 2012 já está para terminar e o Vitória deu mais um passo gigante para retornar à Série A. Enfrentou um dos principais adversários na briga pelo acesso, que chegou a liderar a competição, o América Mineiro, e, mesmo fora de casa, conseguiu garantir mais três pontos preciosos, com uma virada alcançada na base da superação, por 2 a 1. Se a diferença para o time mineiro poderia cair para três pontos, aumentou para nove. A distância diminuiu para o líder Criciúma, que apenas empatou e só está um ponto à frente do rubro-negro.

O Vitória teve que se superar para sair vencedor, pois saiu atrás do placar, com um gol, irregular, de Alessandro, e ainda perdeu o goleiro Deola, expulso, por ter se revoltado com o toque de mão do atacante do time mineiro. Ainda teve que abrir mão de um atacante, Willie, para colocar o goleiro Douglas. Com um a menos, o rubro-negro buscou a virada, com gols de Pedro Ken e Marcelo Nicácio.

América Mineiro 1x2 Vitória - Alessandro, Pedro Ken e Marcelo Nicácio

América Mineiro: Neneca, Boiadeiro, Gabriel Santos, Vinicius Simon e Bryan; Dudu (Pará), Leandro Ferreira, Thiaguinho (Soares) e Thiago Humberto (Fábio Júnior); Rodrigo Pimpão e Alessandro.

Vitória: Deola, Nino Paraíba, Carlinhos (Rodrigo), Victor Ramos, Gabriel Paulista e Gilson; Rodrigo Mancha, Michel, Pedro Ken e Leilson; Willie (Douglas) e William (Marcelo Nicácio).

Pontaria ruim - Bahia 0x0 Portuguesa

O jogo entre Bahia e Portuguesa reunia os dois piores ataques da Série A, com apenas 12 gols marcados nas 14 rodadas anteriores e não tinha placar mais emblemático para a partida do que o 0 a 0 que aconteceu.    E a pontaria do Bahia foi péssima. Apesar de não ter pressionado muito o adversário, o tricolor teve, pelo menos, três chances claras de gol, desperdiçadas por Ávine, Júnior e Rafael Gladiador. A Lusa também teve três ótimas chances: uma parou na trave, outra contou com a colaboração da arbitragem, que seguiu um lance após a assistente assinalar falta, e mais outra em que foi prejudicada pelo outro bandeirinha, que marcou impedimento inexistente. Não foi um gol anulado já que o lance já havia sido paralisado antes da conclusão, mas fatalmente o time paulista teria aberto o placar naquele momento.

Era consenso que, após a ótima atuação contra o Grêmio, bastaria jogar da mesma forma para vencer, e bem, em casa, contra a Portuguesa. No entanto, não foi o que aconteceu. Contra o time gaúcho, o Bahia cresceu de produção após a entrada de Lulinha na segunda etapa, mas, dessa vez, o técnico Caio Júnior perdeu a opção de contar com essa importante arma, escalando o camisa 77 desde o início da partida. Já escrevi, inúmeras vezes, neste blog, que Lulinha é um ótimo jogador, mas que deve ser sempre utilizado na segunda etapa, quando rende mais. Quando começa os jogos, o camisa 77 perde o diferencial da velocidade contra marcadores cansados. Que Caio Júnior perceba logo isso, antes que o jogador volte a ser duramente criticado, como foi quando Falcão insistiu em escalá-lo como titular.  

Bahia: Marcelo Lomba, Diones, Danny Morais, Titi e Ávine (Gabriel); Fahel, Fabinho, Hélder e Zé Roberto (Ryder); Lulinha e Júnior (Rafael Gladiador). 

Portuguesa: Dida, Luis Ricardo, Gustavo (Rogério), Valdomiro e Marcelo Cordeiro; Ferdinando, Léo Silva, Boquita e Moisés; Ananias (Heverton) e Bruno Mineiro (Diego Viana).

Inadmissível - Grêmio 3x1 Bahia

O Bahia, na zona de rebaixamento, foi a Porto Alegre para encarar o Grêmio, que está entre os quatro melhores do Brasileiro. Além disso, o retrospecto contra o clube gaúcho fora de casa sempre foi desfavorável. Seria normal perder, mas o tricolor baiano, indiscutivelmente mereceu deixar o campo com os três improváveis pontos. E só não o fez por causa do árbitro sergipano Cláudio Francisco Lima e Silva e seus companheiros que construíram o placar de 3 a 1 a favor do time gaúcho. Uma vergonha.

No primeiro tempo, reconhecendo a inegável superioridade do adversário, o Bahia entrou marcando bastante, indo somente na boa. E estava surtindo efeito. O Grêmio pouco assustava até que Kléber Gladiador recebeu, em posição de impedimento, um lançamento e caiu na área, em lance confuso. O árbitro não teve dúvida e marcou o pênalti. Primeiro erro.

Ao contrário do que poderia parecer, a porteira não abriu com o gol. O Bahia mudou a postura e passou a pressionar em busca do empate. A entrada de Lulinha foi decisiva (que Caio Júnior continue utilizando o camisa 77 no decorrer das partidas e não o promova à condição de titular; é assim que ele rende melhor), e até Mancini, que fez um péssimo primeiro tempo, passou a jogar melhor. Foi dele o cruzamento para o gol de Fahel, de cabeça.

Mesmo com o empate, o Bahia não recuou. Continuou melhor na partida e chegaria à virada com Fahel, mais uma vez. Lulinha fez uma ótima jogada, chutou e o goleiro largou. No rebote, o camisa 7 empurrou para as redes. Chegaria, não fosse a arbitragem que anulou, alegando impedimento inexistente. A linha da pequena área não permitia dúvida. Estava claro. 

Para completar o show de erros, uma jogada emblemática. A bola sai pela linha de fundo. Era tiro de meta, próximo ao final do jogo, mas o árbitro resolveu marcar escanteio. O erro foi tão absurdo que Mancini ficou indignado. Após a cobrança, que não deveria ter acontecido, a bola toca decisivamente em Kléber, impedido, e cai dentro das redes. Gol ilegal, mas a arbitragem resolveu ignorar. Assim como permitiu a presença do atacante Kléber até o final da partida, mesmo tendo merecido a expulsão por vários motivos. 

Depois de tudo isso, o boliviano Marcelo Moreno ainda fez o terceiro gol gremista, aproveitando-se da situação do Bahia, que estava destroçado após tantos erros. Outro episódio emblemático da partida foi quando os gandulas do estádio jogaram três bolas ao mesmo tempo em campo, quando o jogo estava empatado. E o árbitro ainda foi dar uma bronca no goleiro Marcelo Lomba, como se ele tivesse responsabilidade sobre os gandulas. Má vontade pura.

De positivo, apenas a ótima atuação do Bahia e a força de vontade dos jogadores em cada dividida. Além da evolução do time nas três partidas com Caio Júnior no Brasileiro, com exceção do confronto contra o São Paulo, pela Sul-americana. Que alguma providência seja tomada para que o tricolor não volte a ser tão prejudicado. A situação do Bahia é terrível, mas com os seis pontos dos jogos contra Grêmio e Flamengo em que a arbitragem interferiu claramente, o time poderia estar na décima colocação, muito mais confortável.

Grêmio 3x1 Bahia - Elano, Kléber e Marcelo Moreno - Fahel
Grêmio: Marcelo Grohe, Edilson (Léo Gago), Gilberto Silva, Werley e Pará (Tony); Fernando (Marquinhos), Souza, Elano e Zé Roberto; Kléber e Marcelo Moreno.
Bahia: Marcelo Lomba, Diones, Danny Morais, Titi e Ávine (Lulinha); Fabinho, Fahel, Hélder e Mancini, Zé Roberto (Ciro) e Júnior (Magno).

Fim da invencibilidade no Barradão - Vitória 0x1 Bragantino

O Vitória está com um ótimo retrospecto como visitante nesta Série B, mas tem, como um dos principais motivos da sua ótima campanha, a força no Barradão, afinal o clube ainda não havia perdido em casa na temporada 2012. Não tinha até perder para o Bragantino, por 1 a 0. Resultado surpreendente que não compromete a situação rubro-negra, pois o time ainda tem bastante gordura para queimar, mas quebra a condição de imbatível em seus domínios. 

O rubro-negro parou na retranca paulista e pressionou em vão até que o zagueiro Gabriel Paulista vacilou e cometeu pênalti.O centroavante Lincom não desperdiçou a oportunidade e definiu o placar, em 1 a 0, a favor dos paulistas, aos 33 minutos do segundo tempo. Depois, o Vitória não conseguiu reagir.

Vitória 0x1 Bragantino - Lincom

Vitória: Deola, Nino Paraíba, Dankler, Gabriel Paulista e Mansur; Uelliton, Michel (Marco Aurélio), Pedro Ken e Leilson; Marquinhos (Tartá) e Marcelo Nicácio (Eduardo Ramos).

Bragantino: Rafael Santos, Guilherme Mattis, Preto Costa (Robertinho) e Rafael Caldeira; Victor Ferraz, Serginho, Acleisson, Moreno (Léo) e Andrezinho (Malaquias); Léo Jaime e Lincom.