sábado, 7 de outubro de 2017

Gol de Charles contra o Fast faz 10 anos

O Bahia tem uma história riquíssima. No entanto, mesmo com dois títulos brasileiros na sua sala de troféus, muitos torcedores têm orgulho de façanhas que para um leigo na arte de ser Tricolor, poderiam parecer insignificantes, mas para quem é formado em futebol com especialização em ser torcedor do Esquadrão há um espaço importante no coração para guardar o gol do atacante Charles, não o craque baiano Fabian, campeão brasileiro em 1988, mas o sergipano que entrou para a história ao marcar aos 50 minutos do segundo tempo, contra o Fast Club, na antiga Fonte Nova, pela Série C de 2007.

Aquele gol aconteceu no dia 7 de outubro daquele ano, completando, portanto, uma década, nesta data de hoje. Não tem como fugir do clichê de que parece muito menos tempo. Na memória, ainda permanece tão claras as emoções sentidas naquela ocasião. Não só no momento do gol, como antes, durante a semana, durante os outros minutos do jogo. Até a explosão de felicidade proporcionada pelo toque decisivo de Charles, aproveitando cruzamento do lateral-direito Carlos Alberto, para garantir a classificação do Bahia para o octogonal decisivo da competição nacional.

Para contextualizar, o Bahia estava disputando, pela segunda vez na sua história, a Série C do Brasileiro. No ano anterior, não conseguiu o acesso, sendo eliminado no octogonal decisivo. Em 2007, a situação poderia ser ainda mais crítica, já que o time corria o risco real de ser eliminado antes de chegar à fase decisiva. Na realidade, a Fonte Nova, acostumada a ficar lotada naquela época, estava vazia. Grande parte da torcida parecia não acreditar mais na classificação, principalmente porque durante aquele ano a rivalidade entre os dois maiores campeões estaduais da época, Bahia e ABC estava em alta. E o Esquadrão só passaria de fase se o ABC, já classificado, ajudasse, segurando um empate ou vencendo o Rio Branco, do Acre. Se perdesse, o time potiguar eliminaria automaticamente o Bahia, não importando o placar do jogo na Fonte Nova.

Contra os prognósticos, mantive a minha inabalável confiança no Bahia e fui um dos presentes na Fonte. O mais difícil aconteceu. O ABC segurou o Rio Branco, com direito a pênalti perdido pelo time acreano. Mas o Bahia não conseguia balançar as redes na Fonte Nova. Quando o outro duelo foi encerrado, a tensão aumentou na Fonte Nova, pois bastava um gol para manter as chances de acesso do Bahia vivas. o meu desespero, pulando os degraus da arquibancada, a cada gol perdido, já era motivo de riso para os policiais presentes, que pareciam se solidarizar com a minha agonia. Até que Charles fez o gol e fez o desespero ser substituído pela felicidade ainda guardada em minha memória.


segunda-feira, 8 de maio de 2017

Bahia completa 20 Ba-vis sem um pênalti marcado a favor. São quatro anos

O último jogador que teve a missão de cobrar um pênalti a favor do Bahia em um Ba-Vi foi o atacante Fernandão, que converteu a cobrança no longínquo dia 12 de maio de 2013, na Fonte Nova, em partida válida como jogo de ida da decisão do Campeonato Baiano daquele ano. De lá para cá, foram 20 clássicos e nenhum pênalti marcado a favor do Tricolor. No mesmo período, o Vitória teve pênaltis convertidos por Juan, Escudero e Diego Renan. Não teria nada de errado nisso, caso o pênalti convertido por Diego Renan na decisão do Baiano de 2016 tivesse de fato existido, ou se seguidos pênaltis claros em favor do Esquadrão não fossem ignorados pelas arbitragens, como o sofrido pelo atacante Henrique no jogo de volta da decisão do Baiano de 2016. 

E o problema voltou a se repetir nas decisões do Baiano deste ano. Três pênaltis não marcados em dois jogos. Dois muito claros sofridos pelo meia Zé Rafael. O outro cabe interpretação em lance de toque na bola dentro da área com a mão do volante Willian Farias. Nos dois anos, o Bahia ficou dependendo de apenas um gol para conquistar o título. Os pênaltis fizeram falta.

Se os problemas fossem só as marcações de pênalti. Não são. O critério para expulsões parece ser o tema mais problemático que pesa a balança em favor do Vitória nos Ba-vis deste ano. Em cinco Ba-vis, foram três jogadores expulsos pelo Bahia e dois pelo Vitória. Parece parelho, mas não é. Das três expulsões do Bahia, apenas a de Régis, no Ba-Vi de volta da semifinal do Nordeste, foi justa, considerando a regra.

A expulsão de Tiago no primeiro clássico do ano pareceu muito rigorosa e obrigou o Bahia a jogar com 10 durante todo o segundo tempo, e o vermelho para Gustavo no jogo de ida da semifinal do Nordeste foi absurdo, obrigando o Tricolor a jogar mais de 70 minutos com um a menos. Nos dois jogos, o Bahia foi melhor que o Vitória, mesmo com 10 jogadores, mas o Bahia pagou nas finais do Baiano a conta do desgaste físico sofrido na primeira semifinal do Nordeste, por jogar com um a menos, e na segunda semifinal por ter necessitado jogar muito melhor que o rival para compensar o erro da arbitragem que levou o Vitória a ter vantagem do empate no jogo de volta.

O rubro-negro, por sua vez, só teve que jogar cerca de cinco minutos com um jogador a menos, na primeira decisão do Baiano, após expulsão justa de Uillian Correia, que já estava fazendo hora extra na partida. O outro jogador expulso foi Patric, na partida de volta da semifinal da Copa do Nordeste, mas o Bahia já estava com um jogador a menos. E a expulsão só aconteceu depois que Patric, que já deveria ter sido expulso no lance em que o juiz aplicou apenas o amarelo, perdeu a cabeça com Armero e recebeu o segundo amarelo.

Não fosse o colombiano, o lateral continuaria em campo até o final, como aconteceu com André Lima, Cleiton Xavier e Kanu, que fizeram por merecer o segundo cartão amarelo no clássico deste domingo (07/05), com infrações mais graves do que a que tirou Gustavo de campo no primeiro tempo da primeira semifinal do Nordeste, por exemplo.  A justiça passou longe do critério utilizado para a distribuição, ou não, de cartões nos cinco Ba-vis do ano.

Mesmo com toda a adversidade, o Bahia mostrou-se mais preparado e com mais qualidade técnica que o rival nos clássicos disputados em 2017 e está na final da competição que foi escolhida como prioridade para o primeiro semestre do ano. Resta saber se irá superar o Sport nas decisões da Copa do Nordeste, que acontecerão nos dias 17 e 24 de maio. A despeito de o Sport ser um rival muito mais qualificado do que o Vitória, a esperança é de que as arbitragens neste caso sejam neutras.



21 Ba-vis mais recentes:
07/05/2017 – Vitória 0x0 Bahia – Barradão – Campeonato Baiano de 2017 – Final - Pênalti não marcado em Zé Rafael, meia do Bahia. 
03/05/2017 – Bahia 1x1 Vitória – Fonte Nova – Campeonato Baiano de 2017 – Final – Pênalti não marcado em Zé Rafael, do Bahia. Outro pênalti não marcado em favor do Bahia, após toque de mão de Willian Farias. 
30/04/2017 – Bahia 2x0 Vitória – Fonte Nova – Copa do Nordeste – Semifinal
27/04/2017 – Vitória 2x1 Bahia – Barradão – Copa do Nordeste – Semifinal
09/04/2017 – Bahia 1x2 Vitória – Fonte Nova – Campeonato Baiano de 2017 – Primeira fase
08/05/2016 - Bahia 1x0 Vitória – Fonte Nova – Campeonato Baiano de 2016 – Final – Pênalti não marcado no atacante Henrique, do Bahia.  https://www.youtube.com/watch?v=5Ood2GtwCD8
01/05/2016 - Vitória 2x0 Bahia – Barradão – Campeonato Baiano de 2016 – Final – Vitória fez o primeiro gol, com Diego Renan, em pênalti inexistente em Vander. https://www.youtube.com/watch?v=5Ood2GtwCD8
13/03/2016 - Bahia 0x2 Vitória – Fonte Nova - Campeonato Baiano de 2016 – Primeira Fase –
03/10/2015 – Bahia 1x3 Vitória – Fonte Nova – Série B de 2015
04/07/2015 – Vitória 4x1 Bahia – Barradão – Série B de 2015 – Gol de Escudero, de pênalti, para o Vitória
01/03/2015 – Vitória 1x1 Bahia – Barradão – Campeonato Baiano de 2015 – Primeira fase
21/09/2014 – Vitória 2x1 Bahia – Fonte Nova – Série A de 2014
11/05/2014 – Bahia 1x1 Vitória – Fonte Nova – Série A de 2014
13/04/2014 – Vitória 2x2 Bahia – Pituaçu – Campeonato Baiano de 2014 – Final – Juan fez, de pênalti, o primeiro gol do Vitória
06/04/2014 – Bahia 2x0 Vitória – Fonte Nova – Campeonato Baiano de 2014 – Final
23/03/2014 - Bahia 2x0 Vitória – Fonte Nova – Campeonato Baiano de 2014 – Primeira fase
23/02/2014 – Vitória 1x1 Bahia – Pituaçu - Campeonato Baiano de 2014 – Primeira fase
09/10/2013 – Bahia 2x0 Vitória – Fonte Nova – Série A de 2013
21/07/2013 – Vitória 0x0 Bahia – Fonte Nova – Série A de 2013
19/05/2013 – Vitória 1x1 Bahia – Fonte Nova – Campeonato Baiano de 2013 – Final –
12/05/2013 – Bahia 3x7 Vitória – Fonte Nova – Campeonato Baiano de 2013 – Final – Fernandão fez um gol de pênalti

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Maior conquista esportiva do Nordeste completa 28 anos


Em 19 de fevereiro de 1989, verdadeiros heróis tricolores, como Bobô, Zé Carlos, Charles, Ronaldo e Paulo Rodrigues, seguraram o poderoso Internacional no Beira-Rio, arrancaram um empate e deram a Volta Olímpica em Porto Alegre, garantindo a maior conquista esportiva da história do Nordeste. Naquele momento, o carnaval tinha terminado recentemente, mas aquele grupo comandado por Evaristo de Macedo fez recomeçar a folia momesca em Salvador. Era a conquista da segunda estrela que tanto orgulha os torcedores do Esquadrão de Aço.

Essa é uma história que me emociona tanto que escrevi um livro para reunir todas as informações que pude encontrar sobre esse momento inigualável. E as declarações emocionadas de muitos que já leram é a maior recompensa que um escritor pode ter. Agora, em comemoração aos 28 anos desse feito que me proporcionou tanta felicidade, estou disponibilizando, para download, um trecho da obra chamada A União de uma Nação. Comece a ler e tente parar. Já adianto que muitos disseram que não conseguiram. Quando terminar, entre em contato pelo e-mail leandrosilva81@hotmail.com ou ainda pelo twitter, para adquirir o seu exemplar e não perder nenhum detalhe desta história emocionante. Presença obrigatória na estante de casa de todo verdadeiro tricolor do Esquadrão de Aço.

Clique aqui para baixar o trecho de divulgação do livro e deixe seu comentário. Divulgue para toda a Nação tricolor.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Dinei comemora chegada de ex-jogador de Flamengo e Santos para reforçar Shonan Bellmare


Empolgado com a perspectiva de realizar uma grande temporada em 2017, o atacante Dinei, baiano da cidade de São Domingos, comemora a chegada do meia e lateral-esquerdo Chiquinho, ex-Flamengo, Santos e Corinthians para reforçar a equipe do Shonan Bellmare, que disputará a J-League 2 (segunda divisão do Japão), neste ano de 2017. 

“Muito boa contratação. É um cara que vem se destacando nesses últimos anos, estava em um clube grande do Brasil e só vem nos ajudar nessa temporada. É um jogador rápido, do estilo que os japoneses gostam”, avalia Dinei. 

Iniciando a terceira temporada no Japão, o atacante pretende ajudar na adaptação do companheiro, que estará em sua primeira experiência internacional. “Com certeza, vamos nos dar bem. Quando tem mais brasileiros no time, fica mais fácil a adaptação. E ele já está demonstrando entrosamento”, diz o atacante baiano. 

A apresentação oficial do elenco do Shonan Bellmare que disputará a temporada de 2017 aconteceu nesta sexta-feira (20/1), mas o atacante Dinei, já estava no Japão, há mais tempo, treinando forte para começar bem o ano. No final de 2016, mesmo com o rebaixamento do clube, ele renovou o contrato e disputará, em 2017, a terceira temporada consecutiva no Japão. 

 “A expectativa é das melhores para a temporada. Espero ter uma sequência de jogos que não tive no ano passado. Que eu possa jogar, livre de lesões, para poder mostrar mais ainda o meu futebol aqui”, diz Dinei. 

“O grande objetivo da temporada é levar o Shonan de volta à primeira divisão. O clube está montando uma equipe forte para conseguirmos esse objetivo. Espero poder contribuir e, no final do ano, comemorar essa conquista”, complementa o atacante. 

 Antes de disputar o segundo turno da J-League de 2016 pelo Shonan, Dinei estava no Kashima Antlers. E a façanha do time no Mundial de Clubes, quando levou a decisão contra o Real Madrid para a prorrogação, teve colaboração do atacante baiano. É que ele participou da campanha do título do primeiro turno do campeonato japonês de 2016 do Kashima, que garantiu a presença do time nas finais da competição.

Depois, o título, que viria a ser conquistado nas finais, serviria para classificar a equipe para o Mundial. Depois de participar da campanha da conquista do primeiro turno do campeonato japonês pelo Kashima Antlers, Dinei aceitou o desafio de tentar evitar o rebaixamento do Shonan Bellmare, que já estava na zona de rebaixamento ao final do primeiro turno. Não foi possível, mas as boas atuações do atacante baiano fizeram com que o time japonês se esforçasse para renovar o contrato com o jogador. 

 Dinei defendeu o Vitória em duas oportunidades: em 2008 e depois, de 2012 a 2014. Já atuou em outros clubes como Palmeiras, Atlético Paranaense, Bragantino e Ferroviária. Também já jogou na Espanha, onde defendeu o Celta de Vigo e o Tenerife.